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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse na manhã desta sexta-feira que não pretende reduzir o ritmo de votações na semana que vem, mesmo sem acordo. Se a oposição tentar obstruir, Chinaglia disse que as matérias vão a voto e quem tiver mais, vence. Segundo ele, a pauta da semana já está definida e, na terça-feira, ele quer votar o segundo turno da proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto na Câmara. Nem a retomada de processos de cassação preocupa o presidente da Câmara, que garantiu também a votação de projetos da "pauta feminina" nos próximos dias.

- Eu respeito o trabalho de todos e, portanto, aquilo que for regimental, quem tiver maioria leva, vai ser simples assim - disse Chinaglia, antes de seguir para Minas Gerais, onde visita a Assembléia Legislativa e se reúne com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

Chinaglia não acredita que os processos de cassação contra deputados acusados de irregularidades na legislatura passada contaminem a atual. Sobre as representações apresentadas pelo PSOL contra seu colega de partido Paulo Rocha (PA), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e João Magalhães (PMDB-MG), Chinaglia disse que cabe ao Conselho de Ética tratar do assunto.

- Eu não creio que o clima da legislatura passada, que teve altíssimas temperaturas, vá se repetir nesta legislatura - afirmou.

O deputado disse que a Câmara também não pode parar por conta das disputas em torno da CPI do Apagão Aéreo, que, segundo ele, fazem parte do jogo político. Para Chinaglia, cabe ao novo líder do governo tratar das matérias de interesse do Palácio do Planalto, como a CPI. O petista afirmou que, havendo obstrução para forçar a instalação da comissão, vai adotar todas as medidas previstas no regimento para manter a pauta da Casa.

- Eu respeito todas as iniciativas políticas, tudo aquilo que o regimento permite e autoriza. Eu cumprirei o meu papel da mesma maneira, seguindo o regimento. Eu não trabalho antecipando nenhuma hipótese. No cotidiano, vamos trabalhar e vamos dar o caráter de normalidade que a Câmara sempre teve e vai manter.

O petista espera ainda que boa parte dos projetos da pauta feminina seja votada até o fim do mês. Havia expectativa de que fossem votados esta semana, devido ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na quinta-feira. Entre as propostas escolhidas com a participação do movimento de mulheres estão cinco projetos defendidos pela CPI da Exploração Sexual.

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