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Chuvas causam prejuízo de R$ 15 milhões ao comércio do Rio

Com a chuva ininterrupta que cai no Rio desde a noite de terça-feira, o comércio viveu um dos seus piores momentos. Calcula-se que houve uma queda de até 50% de seu faturamento.

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A chuva forte que atinge o Rio de Janeiro desde a noite de terça-feira provocou a morte de pelo menos uma criança, em Mesquita, na Baixada Fluminense. E existe a suspeita de um segundo óbito, ainda não confirmado, no mesmo município. Desde o início da manhã, o Rio e a Região Metropolitana sofrem com o tempo ruim. O primeiro efeito foi sentido na véspera: um deslizamento de terra causou o fechamento do Túnel Rebouças , uma das principais ligações entre as zonas Sul e Norte da capital. Os desmoronamentos continuaram nesta quarta, e cinco mil toneladas de terra já tinham vindo abaixo até o fim da tarde.

Os cariocas enfrentaram, durante toda a manhã desta quarta-feira , um verdadeiro caos no trânsito, provocado pela interdição do túnel e agravado pelas condições climáticas adversas, que deixaram diversos pontos da cidade alagados. Os congestionamentos continuaram durante todo o dia em vários ruas e avenidas.

A primeira morte confirmada como conseqüência das chuvas é do menino Ronaldo da Silva Ribeiro, de nove anos, que caiu em um bueiro quando saía do colégio, em Mesquita. A mãe da vítima entrou em estado de choque e precisou ser sedada. Existe uma informação, ainda não confirmada, de outra morte causada pelo desabamento de parte de uma casa. A prefeitura de Mesquita decretou situação de emergência.

Em Nova Iguaçu, agentes da Defesa Civil resgataram alunos que ficaram ilhados em uma escola no bairro da Chatuba. Segundo informou a TV Globonews, desde a noite de terça-feira choveu no Estado do Rio o equivalente ao volume de 45 dias, conforme a média que se registra nesta época do ano. Segundo o Climatempo, a chuva ainda deve continuar no Rio até a madrugada de sexta-feira.

O Aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e decolagens desde 6h e o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim opera com instrumentos. Até o fim da manhã, nove vôos tinham sido cancelados no Santos Dumont, e treze desviados para o Tom Jobim. As companhias aéreas colocaram ônibus para levar passageiros até o Galeão. Apesar dos atrasos, o saguão do Santos Dumont não chegou a ficar lotado. A situação no Rio gerou cancelamentos também no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que teve 19 vôos cancelados até meio-dia, o equivalente a 18,6% do total.

O temporal deixou o trânsito caótico, principalmente devido ao fechamento do Túnel Rebouças, e vários bairros sem luz. A Light mantém diversas equipes nas ruas para restabelecer a energia em caso de novas panes. Sinais de trânsito também apagaram. Em Copacabana, a situação se normalizou. Também faltou luz nas localidades do Anil e Freguesia, em Jacarepaguá, e em ruas de Barra da Tijuca, Cosmos, Santa Teresa e Tijuca.

O caos provocado pela chuva também prejudicou o comércio em vários bairros, principalmente os que sofreram corte de energia elétrica. Devido ao nó no trânsito, muitos cariocas chegaram atrasados ao trabalho nesta quarta.

A polícia também teve trabalho, especialmente em Vila Isabel, porque havia informações de assaltos a motoristas na saída do Túnel Noel Rosa, na descida do Morro dos Macacos.

A Defesa Civil municipal registrou, até o fim da manhã, 90 chamados. Por volta das 11h, os bombeiros receberam informações a respeito de um possível desmoronamento no Morro da Providência. Os bairros mais atingidos na manhã foram, segundo a Defesa Civil, Campo Grande, Taquara, Praça Seca, Piedade, Guadalupe, Tijuca, Centro, Catete, Glória, Barra da Tijuca, Praça da Bandeira, Bonsucesso e Higienópolis. De acordo com a Geo-Rio, o Alto da Boa Vista também foi muito prejudicado pelas chuvas.

Em pontos diferentes da cidade, ruas ficaram alagadas e rios transbordaram. Na Rua Professor Manoel de Abreu, na Tijuca, pouco antes das 11h, motoristas assustados deram ré para tentar fugir do transbordamento do Rio Maracanã. Motoristas relataram que não era possível distingüir rio de rua e nem os ônibus estavam conseguindo passar. Também na Zona Norte, o Rio Pavuna transbordou e deixou a região alagada. O terminal rodoviário da Pavuna ficou inundado.

Água pelas canelas na Praça Saens Peña

Também no fim da manhã, pedestres que tentavam caminhar pela Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, em direção ao metrô na Praça Saens Peña, encontravam muita dificuldade, com água na altura das canelas. Na rua, apenas ônibus conseguiam passar. A estação do metrô de São Cristóvão ficou alagada de manhã.

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o Rio Botas transbordou. Vários bairros de São João de Meriti ficaram alagados. Em Nilópolis, uma árvore atingiu uma casa na Rua Genésio Ferreira número 57. Ninguém ficou ferido.

O temporal provocou ainda o deslizamento de uma barreira na altura do km 450 da Rodovia Rio-Santos, em Porto Real. As duas pistas fecharam e os motoristas foram orientados pela Polícia Rodoviária Federal. Na Região Serrana também choveu forte, mas por volta das 8h a situação melhorou.

Em Niterói o trânsito ficou também bastante confuso. Na Estrada Engenheiro Manoel Pacheco de Carvalho, conhecida como Estrada Velha de Itaipu, parte de uma barreira caiu na pista, na altura do radar.

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