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Para enfrentar o problema do transporte na capital, a administração do prefeito José Serra apresentou nesta quarta-feira o mesmo projeto da administração da prefeita Marta Suplicy. Segundo o plano de reorganização do sistema apresentado pelo secretário dos Transportes, Frederico Bussinger, haverá um remanejamento da frota de quase 14 mil veículos, com aumento do número de itinerários dentro dos bairros. Nos corredores de ônibus, o número de linhas diminui, mas a previsão é que o tempo de espera caia porque haverá maior oferta de lugares. O plano ainda não tem data prevista para ser implementado.

- Ele depende de acertos com os perueiros, com as empresas de ônibus e os próprios usuários - afirma Bussinger.

Em toda a cidade, pelo plano apresentado, o número de linhas de ônibus na capital deve cair de 1.305 para 813 dentro de alguns meses. Em compensação, o primeiro ponto de ônibus deverá ficar, em média, a 500 metros de cada residência e o número de lugares ofertados pelo sistema sobe dos 903.449 de hoje para 1.007.790. Isso porque uma maior número de veículos devem circular pelos bairros, levando os passageiros aos corredores expressos. Isso obriga o passageiro a fazer mais baldeações, mas, segundo a secretaria, diminui o tempo de viagem, porque os ônibus passam a circular com uma velocidade maior.

- Muitas linhas de ônibus, com muitos veículos circulando num mesmo trecho, atrapalha. Com o novo sistema, a pessoa vai entrar logo no primeiro ônibus que passar pelo corredor - afirma Bussinger, acrescentando que os ônibus ainda circularão com maior velocidade.

O secretário disse ainda que, quando o plano começar a ser instalado, deve ficar pronto dentro de um período que varia de 9 a 12 meses. Segundo ele, o projeto começou a ser montado há um ano e um esboço foi apresentado às empresas em meados do ano passado e já há discussões avançadas com as empresas de algumas regiões. A secretaria garante que qualquer alteração de itinerário será previamente informada à população.

Mesmo apresentando um projeto que foi concebido na gestão passada, Bussinger criticou a administração petista.

- O sistema está numa bagunça generalizada, todo desestabilizado. A culpa é de quem implantou tudo provisoriamente, na correria - diz.

Segundo ele, todos os estudos para a implantação do novo sistema ainda têm como objetivo resolver a crise financeira do setor, equacionando os gastos e a arrecadação do sistema.

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