• Carregando...

Mais um policial morreu na capital paulista vítima de ataque de bandidos. Nas últimas 48 horas, cinco foram foram assassinados e dois postos da Polícia Militar foram atingidos por tiros. Ainda não há pistas dos criminosos. O governador Geraldo Alckmin limitou-se a lamentar as mortes e dizer que os índices de criminalidade do estado estão caindo. O Secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, ainda não se manifestou.

Segundo a Polícia Civil, 44 policiais morreram em 2005 assassinados fora do horário de serviço.

Na manhã desta quinta-feira o soldado Monteiro da Polícia Militar foi atingido nas costas por uma arma calibre 12 quando se dirigia para uma base comunitária da PM sob o Viaduto Curuçá, na zona norte da capital. Os tiros foram disparados de dentro de dois carros e por um motoqueiro, que pouco depois atingiram também outro policial que trafegava pela pista local da Rodovia Dutra. Esse segundo PM está hospitalizado em estado grave e passa por uma cirurgia. A ação dos bandidos aconteceu às 7h40 da manhã.

Um outro PM e um investigador da Polícia Civil morreram na tarde de quarta-feira em ações realizadas por bandidos que estavam em motocicletas. Em Pari, na zona leste, o PM foi morto a tiros às 18h10 na Rua Hannemann por dois homens que passaram de moto pelo local. O soldado Aparecido Jesus Fernandes, de 39 anos, que pertencia ao 13º batalhão, seguia fardado ao estacionamento da rua. Ele chegou a ser levado ao Pronto-Socorro de Pari, mas faleceu. Ninguém foi preso.

No bairro da Saúde, na zona sul, uma câmera de segurança de um prédio flagrou o momento em que um investigador da Polícia Civil foi assassinado por dois homens que estavam em uma moto. Dezenas de policiais cercaram a rua em que o investigador Hélio Ramos da Silva foi morto na zona sul e um helicóptero da PM deu apoio aéreo na busca dos criminosos.

Nas imagens registradas pela câmara de segurança, o investigador aparece lutando contra um homem. Ele cai no chão e um segundo bandido aparece de moto. Pouco depois, tiros são disparados e os dois atacantes fogem na moto. O corpo do investigador fica no meio da rua. O investigador morreu a caminho do hospital. Os bandidos levaram a pistola do policial.

Quatro suspeitos foram ouvidos na delegacia do Jabaquara, mas uma testemunha do crime não os reconheceu. Para a polícia, o investigador foi vítima de um assalto já que momentos antes do crime havia passado em um banco para retirar dinheiro.

Na madrugada de quarta-feira um cabo da PM Antônio Aparecido foi arrancado de seu carro e executado com a namorada na zona norte. Na terça-feira, o policial civil Juarez dos Santos foi morto depois de sofrer um seqüestro-relâmpago na zona sul.

Os ataques cometidos contra postos da PM foram muito parecidos. O primeiro aconteceu em Santana, na zona norte, quando atiradores deram diversos tiros contra a base, que estava guarnecida por dois policiais.

O último ataque aconteceu na madrugada desta quinta-feira, quando dois homens atiraram contra um posto da 6ª Companhia do 16º Batalhão, na esquina da Avenida Doutor Guilherme Dumont Vilares com a Rua Marechal Hastimphilo de Moura, na região do Portal do Morumbi, na zona sul de São Paulo. Os atiradores estavam de moto.

Dois PMs estavam na base e um deles levou um tiro no peito, mas sobreviveu porque estava de colete à prova de balas. A moto usada na ação foi abandonada próximo a uma favela da região.

As mortes dos policiais e os ataques aos postos da PM aconteceram depois do governador Geraldo Alckmin ter anunciado o aumento do efetivo policial nas ruas. Alckmin foi evasivo nesta quarta-feira ao comentar as mortes, preferindo destacar os bons números apresentados pela Secretaria de Segurança em relação aos homicídios no estado.

- Os índices de criminalidade em São Paulo estão todos em queda, o que mostra um esforço da polícia. Damos nossa total solidariedade às famílias dos policiais. Essa luta contra o crime é permanente - disse Alckmin, depois de participar de uma reunião entre secretários de transportes de todo o país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]