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Identicicação biomética é promessa de mais segurança | Daniel Castellano // Gazeta do povo
Identicicação biomética é promessa de mais segurança| Foto: Daniel Castellano // Gazeta do povo

Radicalização do discurso

O último processo eleitoral brasileiro trouxe à tona discursos radicais que fazem com que debates importantes percam força na agenda política. Muitos grupos marcaram para hoje, inclusive, atos anticorrupção e manifestos pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar de o direito à manifestação ser garantido, alguns mais radicais defendem até um golpe militar, o que atenta à Constituição.

Desequilíbrio entre as máquinas públicas

"O brasil não é uma Federação, é um império de hegemonia de poder da União sobre estados e municípios", aponta o professor de Ética e Filosofia na Unicamp, Roberto Romano. Para ele, a concentração de poderes no âmbito federal é um dos fatores que ainda interferem no conceito de República.

Judicialização das eleições

A crescente interferência do Judiciário no processo eleitoral, seja impondo estrições à propaganda eleitoral, seja recebendo cada vez mais ações no período, é alvo de críticas. O professor de Ética e Filosofia na Unicamp, Roberto Romano, explica que essa judicialização é resultado da estrutura do Estado. "Há esse aspecto negativo, mas ele não é visto pelo lado das suas causas: se existe judicialização também é porque a lei não é seguida".

Partidos mais fracos

Para o professor de Ética e Filosofia na Unicamp, Roberto Romano, esse é um dos pontos mais fortes de retrocesso para a República. "Os partidos políticos não são republicanos, são oligárquicos, não há eleições primárias nem consulta aos filiados, tudo fica no monopólio dos dirigentes", observa.

Sobrepeso econômico

Entre 1994 e 2010, o custo das eleições presidenciais cresceu 85% e, na disputa de qualquer cargo público, ainda está um passo à frente quem recebe mais dinheiro para a campanha. O fim do financiamento empresarial pode minimizar o problema, mas não totalmente, conforme aponta Roberto Romano. "Enquanto nós não regulamentarmos o lobby, ainda vai haver uma relação incestuosa e conflituosa de interesse entre setores e partidos". diz.

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