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Jair Bolsonaro, deputado | Janine Moraes/Ag. Câmara
Jair Bolsonaro, deputado| Foto: Janine Moraes/Ag. Câmara

Pinga-fogo

É evidente que parlamentares aproveitam para inflar o orçamento, gerando falsa expectativa em determinados setores da administração pública. Vendem a falsa ilusão que investimentos serão feitos, especialmente as emendas de bancada, que o governo nunca paga. E depois há frustração.

Alvaro Dias, senador (PSDB), reconhecendo que os parlamentares têm sua parcela de responsabilidade na má construção do orçamento.

Apesar de o governo do Paraná e o Ministério Público Estadual (MP) terem acertado, em 30 de janeiro, o fim do rodízio de policiais no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ainda não há regras definidas para a cessão desses agentes. Após pressão do MP, o governador Beto Richa revogou o decreto anterior que regulamentava o "empréstimo" e o rodízio dos policiais. Até ontem, porém, ainda não havia publicação do novo decreto autorizando a permanência por tempo indeterminado dos policiais no Gaeco. A demora da publicação das regras tem deixado um clima de desconfiança do MP em relação ao governo. A revogação do rodízio teria contribuído para saída do ex-secretário da Segurança Cid Vasques, juntamente com a derrota que ele sofreu no TJ nesta semana, quando os desembargadores revogaram a liminar que garantia sua licença do cargo no MP e a consequente permanência no governo. Vasques era defensor da rotatividade de policiais.

Polêmica à vista

Preterido pelos líderes da Câmara para o comando da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ, foto) ainda não jogou a toalha e pretende lançar candidatura avulsa para disputar o posto. Ele tem buscado apoio da bancada evangélica para tentar ganhar sustentação e derrotar o nome do PT. As bancadas da Câmara dividiram nesta semana as presidências das 22 comissões, por onde passam projetos e são feitos debates temáticos. Maior partido, o PT costurou um acordo com o PTB para retomar comissão evitando que o PP ficasse com o colegiado e indicasse Bolsonaro.

Cabeça a prêmio

Ameaçada de morte, a prefeita Bett Sabah (PT), de Rondolândia (MT), está há uma semana refugiada em Brasília, sob proteção da Secretaria de Direitos Humanos. Segundo ela, um "emissário" fez chegar ao gabinete da prefeita que a sua "cabeça" está a prêmio por R$ 130 mil e que uma motocicleta e armas já teriam sido compradas para executá-la. Bett, de 36 anos, deixou a administração da prefeitura com o vice-prefeito Jair Cerqueira e deixou a cidade com o marido e dois filhos, de 5 e 10 anos.

Terrorismo

Considerada uma das prioridades do governo neste semestre, a discussão do projeto que tipifica o terrorismo no Senado deve ficar para depois do carnaval. O interesse pela proposta cresceu entre os senadores após a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade, atingido por um rojão quando cobria um protesto no Rio de Janeiro, no início deste mês. Segundo o relator da proposta, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), ainda não há uma data para a apresentação do relatório.

Cubana

O Conselho de Ética da Câmara pode intimar o deputado Zé Geraldo (PT-PA) para que ele explique o discurso que fez em plenário no último dia 5, quando falou sobre a situação da médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o Programa Mais Médicos e pediu refúgio no Brasil. Ele disse que Ramona ingeria bebidas alcoólicas e tentou levar pessoas que conhecia na cidade para o alojamento que dividia com outras duas médicas estrangeiras.

Colaborou Diego Ribeiro.

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