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Moradores do prédio onde reside o advogado Denivaldo Barni, no Morumbi, zona oeste de São Paulo, estão inconformados com a presença de Suzane von Richthofen, que saiu do Centro de Ressocialização de Rio Claro (a 175 Km da capital) na tarde de segunda-feira para cumprir prisão domiciliar no local até o dia 5 de junho, quando ela deverá ser julgada.

A mais revoltada com a situação foi a mãe de uma moradora, que passou o dia no apartamento da filha e não se sentiu confortável em saber que poderia encontrar com Suzane no corredor do prédio.

- Ela deveria ser jogada em alto-mar para ser comida pelos tubarões - afirmou a senhora, de 84 anos, que não quis se identificar.

A idosa ainda disse que o advogado de Suzane não tem o direito de levar a cliente para morar na casa dele.

- Ele e a família dele estão correndo risco de vida e os moradores do prédio também. Quem mata os pais como ela fez pode matar qualquer pessoa - afirmou.

Outro morador que reclamou da presença de Suzane no prédio disse que o simples fato de ela estar no local deixa o ambiente tenso.

- Temos muitos vizinhos com idade avançada e a tensão no ar pode prejudicar a saúde deles. É horrível saber que ela está bem perto de casa. Que situação! - disse o senhor.

Até mesmo quem não se importa com a nova vizinha no prédio afirma que é difícil que as pessoas se sintam bem com Suzane cumprindo prisão no condomínio.

- Da outra vez em que ela esteve aqui ninguém soube de nada. Ela não incomodou nenhum morador. Por mim, não vejo problemas em encontrá-la no elevador, por exemplo, pois não faço julgamentos, mas acho que 90% dos condôminos estão reclamando da situação - disse a jornalista Gisele Garcia, de 46 anos.

No começo da tarde, um carteiro brincou:

- Estou aqui para entregar uma carta-bomba para a Suzane - disse.

Logo depois, uma perua escolar, repleta de crianças, passou diante do prédio e deixou para trás um sonoro coro de "assassina".

Durante todo a terça-feira, Suzane não recebeu visita, mas pôde contar com a companhia de Vera, mulher de Barni, de um casal de idosos e de mais uma mulher. Logo de manhã, os passarinhos da casa foram colocados na varanda do apartamento para tomarem banho de sol, em uma gaiola, mas voltaram para dentro às 12h30m, quando foram libertados dentro do imóvel.

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