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Ficha limpa

CNBB defende protestos civis contra corrupção

Para os representantes do episcopado brasileiro, elas constituem uma “nova forma significativa de exercício da cidadania” no combate a problemas que “corroem as instituições do Estado brasileiro”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje uma nota oficial de apoio às recentes manifestações populares contra a corrupção e a impunidade. Para os representantes do episcopado brasileiro, elas constituem uma "nova forma significativa de exercício da cidadania" no combate a problemas que "corroem as instituições do Estado brasileiro".

Na mesma nota, porém, a CNBB alerta para o risco de tais manifestações desandarem para o "moralismo estéril", com curta duração. A maneira de evitar isso seria a continuidade dos protestos, sempre com objetivos democráticos.

Em termos práticos, a CNBB sugere que se exija do Congresso uma "autêntica reforma política" e apoio à campanha denominada Vamos Salvar a Ficha Limpa, patrocinada pelas pastorais sociais da Igreja Católica.

O documento desta quinta reforça a nota divulgada no feriado de 7 de Setembro e assinada em conjunto pela CNBB, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Na ocasião já se dizia que, para atender à crescente interpelação da sociedade, o Executivo deveria mostrar cada vez mais transparência nas suas despesas. Para o Legislativo recomendava-se a extinção da possibilidade de se fazer emendas individuais ao Orçamento da União e o fim do voto secreto em todas as matérias.

Em relação ao Judiciário e ao Ministério Público, a CNBB e as outras instituições diziam ser necessária a garantia de maior agilidade nos julgamentos de processos e nos inquéritos que envolvem crimes de corrupção. A adoção dessas medidas, acreditam os bispos, pode constituir uma sólida barreira contra a impunidade que se observa hoje.

A nota divulgada hoje foi assinada pelo presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, pelo vice-presidente, d. Sérgio Braschi, e o secretário-geral, d. Leonardo Steiner.

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