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Na esteira dos 50 anos do golpe militar, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez mea culpa e declarou que o golpe apoiado por lideranças eclesiásticas foi um "erro histórico" e que nem todos os danos do regime militar foram devidamente reparados. "Se é verdade que, no início, setores da igreja apoiaram as movimentações que resultaram na chamada ‘revolução’ com vistas a combater o comunismo, também é verdade que a igreja não se omitiu diante da repressão tão logo constatou que os métodos usados pelos novos detentores do poder não respeitavam a dignidade da pessoa humana e seus direitos."

Segundo nota divulgada pela entidade, as gerações pós-ditadura devem se manter atuantes na defesa da democracia. A entidade cita a Comissão da Verdade, criada pelo governo para apurar as violações aos direitos humanos durante a ditadura militar, como um instrumento para "pagar essa dívida histórica" com as vítimas do regime. "Aos poucos, a igreja foi percebendo que a finalidade desse movimento, desse golpe, que foi para preservar o país do comunismo, foi tomando outra direção. Tortura, arbitrariedade, repressão a todas as formas de expressão. Com o passar do tempo, a igreja foi percebendo seus excessos, seus desvios, então a igreja se opôs", afirmou o cardeal Raymundo Damasceno, presidente da CNBB.

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