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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em mais de cinco mil cidades dos 26 estados brasileiros revelou que as dívidas a curto prazo deixadas para a próxima gestão comprometem, em média 18,6% do orçamento anual do novo prefeito. O caso aconteceu em 81% dos municípios entrevistados em que o prefeito é eleito pela oposição e é significantemente menor quando o prefeito é reeleito ou eleito pela situação – o fenômeno acontece apenas em 55% dos casos e a média das dívidas a curto prazo abaixa então para 12,2% do orçamento.

Os pagamentos atrasados também apresentaram discrepância entre os prefeitos da situação e da oposição. Enquanto apenas 47% do primeiro caso admitiram atrasos em dívidas com fornecedores e apontou atraso de 3,76 meses, 72% de prefeitos de grupos adversários apontaram um atraso na folha de, em média, sete meses.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a situação é constante e acredita que o problema seja, antes de tudo, estrutural. "Os municípios estão soberbados de atribuições e não há como governar. O prefeito que assume com essa dívida vai deixar a prefeitura em situação igual ou pior quando sair". Ele cita como exemplo, como exemplo, a situação do Paraná: "O Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] retorna 250 reais por mês por criança em tempo integral numa creche, e o município gasta 750 reais com ela. São 500 reais por criança. 200 crianças numa creche são 100 mil por mês, com décimo terceiro é 1,3 milhão por ano. Não tem como fechar as contas com isso".

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