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"Nosso partido é o melhor para o povão participar."

Do líder de torcida e presidente do diretório municipal do PMDB, Doático Santos, ansioso na tarefa de garimpar candidatos a vereador depois de ter perdido toda a bancada que o partido elegeu em 2004.

Ainda não foi desta vez. Saudada como solução mágica e rápida para isentar o Paraná do pagamento da multa de R$ 10 milhões por mês que paga à União, a emenda da bancada paranaense acabou não sendo sequer aceita pelo relator da Medida Provisória 368, onde ela seria enxertada. A MP foi votada e aprovada ontem pela Câmara tal qual enviada pelo governo.

Inês ainda não está inteiramente morta. Segundo o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), nova tentativa de incluir a mesma emenda será feita, mas em outra MP em tramitação para ser votada na semana que vem. Pode ser na 369 ou na 372.

Mas a questão que não ficou totalmente esclarecida neste episódio é outra: a emenda não foi aceita por falta de tempo ou porque não era do agrado do governo?

Todos os parlamentares paranaenses consultados pela coluna ontem à tarde não descartaram a hipótese de ter sido disparada do Palácio do Planalto uma recomendação contrária à inserção da emenda paranaense.

São levados a acreditar nessa hipótese dada a frieza demonstrada pelos três ministros que receberam Requião e comitiva no fim da quarta-feira. O governador esperava que eles ficassem maravilhados diante da pedra filosofal que lhes foi apresentada. Nenhum deles, porém, quis se comprometer em apoiar. Ficaram apenas no protocolar "vamos estudar".

Claro, de quarta para quinta não haveria tempo para "estudar" coisa alguma. E o melhor, portanto, seria pedir ao relator da 368 que não tomasse conhecimento da emenda.

Diante dos primeiros percalços no plano parlamentar, o governo quer agora trocar a emenda pelo soneto e trabalha junto à Advocacia Geral da União (AGU), supostamente simpática a dar aval jurídico à anulação da dívida.

A "excelência" da educação

Quantas vezes você já ouviu falar que o Paraná tem a melhor educação do Brasil? E que o secretário da Educação paranaense é o melhor de todos? Inúmeras vezes, com certeza – principalmente durante as sessões da "escolinha" das terças-feiras.

Os fatos desmentem essas afirmações. Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado ontem, abrangendo os 27 estados, das dez piores escolas públicas do Brasil, quatro são do Paraná – uma delas, aliás, campeã nacional nessa categoria negativa. A escola, do município de Reserva do Iguaçu, obteve nota 0,1 numa escala de zero a dez!

Já das dez melhores do Brasil, nenhuma é do Paraná.

Leia-se agora uma declaração contrastante do governador Roberto Requião divulgada também ontem pela Secretaria de Comunicação Social sobre a excelência da educação no estado:

"No Paraná, esperamos até 2010 estarmos livres do analfabetismo. Além disso, os professores tiveram aumento de 17% e estimulamos que eles façam cursos (de aperfeiçoamento). Também abrimos vários cursos profissionalizantes em todo o estado", disse o governador, revelando a receita de ter um resultado "tão bem-sucedido."

Mudanças na Copel?

Anda sumido o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. Não tem comparecido a eventos públicos para representar a empresa nas últimas semanas. Um exemplo, motivo de generalizada estranheza, ocorreu na última terça-feira: ele esteve ausente da "escolinha" e não participou do ato patrocinado por Requião que isentou duas centenas de emissoras de rádio do Paraná do pagamento de energia elétrica em troca de inserções publicitárias para iluminar o governo. Foi representado pelo diretor de Gestão Corporativa, Luiz Rossafa.

Ghilardi teria se afastado por problemas de saúde. Mas correm informações (não confirmadas) de que sua permanência no cargo estaria prestes a ser interrompida. O substituto escolhido seria Rossafa.

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