São 14 os municípios paranaenses que serão dotados de aeroportos regionais de acordo com o programa de investimentos no setor que a presidente Dilma Rousseff anuncia hoje em Brasília. Fonte da Casa Civil da Presidência antecipa à coluna a lista das cidades: Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranaguá, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Guarapuava, Toledo, Umuarama, União da Vitória, Bandeirantes e Pato Branco.
Do total de R$ 7,6 bilhões que o governo pretende investir em 270 aeroportos regionais em todo o país, o Paraná receberá R$ 345 milhões. Além da construção de novos ou modernização dos atuais, o governo concederá incentivos às empresas aéreas que se disponham a criar linhas regionais.
O programa faz parte do Plano de Infraestrutura e Logística. Na primeira etapa, foram anunciadas ações em ferrovias, rodovias e portos e agora chegou a vez dos aeroportos. As definições passaram pelas mãos do ministro da secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e frisou a fonte da ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil. O que faz supor que há mais aviões de carreira sobre os céus do Paraná do que sonha a vã filosofia.
Em casa onde falta o pão...
Em casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão. Nem sempre: há ocasiões em que os dois lados da discórdia têm razão, como observou ontem, bem-humorado, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo politicamente distante dos dois briguentos. "Desde que a briga não acabe prejudicando os interesses do estado, é bom assisti-la de camarote."
É o caso do novo embate público entre o governador Beto Richa e o senador Roberto Requião. Eles trocam acusações em torno da autorização para que o estado contraia empréstimo internacional de US$ 350 milhões. O pedido do Paraná foi aprovado em todas as instâncias do governo federal ministérios da Fazenda, do Planejamento, Casa Civil e, por fim, pela presidente Dilma Rousseff, que o enviou ao Senado para dar o arremate na última terça-feira.
Na hora H, Requião, membro da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), travou o processo de votação e disparou: "Eu quero me recusar a votar um empréstimo que vai sobrecarregar o meu estado, sem ter a menor ideia do destino desse recurso. Coloco minha objeção, ao mesmo tempo que tentarei obstruir isso".
Richa respondeu: "É inaceitável essa atitude do senador e governador aposentado Roberto Requião contra o Paraná. Na mesma noite em que traiu o Paraná, ele votou a favor de empréstimos para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará e Bahia. Só isso já mostra que ele é, sim, contra o Paraná."
Ontem, a assessoria legislativa do Senado Federal informou que Requião não tem razão em tudo: os senadores não podem interferir em decisões dos governos estaduais sobre a destinação de recursos. E recomendou que o processo tenha seu curso normal.



