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Está tudo caminhando direitinho para que o PT paranaense possa dizer que é também sua a candidatura do senador Osmar Dias, do PDT, ao governo estadual. Mas, como o seguro morreu de velho e para que ninguém seja pego de surpresa, o partido decidiu não esperar pela definição oficial e lançou o ministro Paulo Bernardo. Aconteceu num encontro petista realizado no fim de semana em Praia de Leste.

Paulo Bernardo, que já vinha se portando como tal, vestiu com mais gosto e autoridade a camisa de candidato, conforme revelou ontem à coluna. E até já encarregou a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, sua mulher, de iniciar os preparativos para a elaboração de um plano de governo, que pretende, nos próximos meses, debater internamente no partido e fora dele.

"A minha candidatura, porém – esclarece o ministro – não impede que continuemos a conversar com o senador Osmar Dias. Nós queremos o PDT na coligação paranaense, assim como já está na aliança partidária nacional." Pelo raciocínio do ministro, se, mais adiante, Osmar Dias se decidir pela aliança com o PT e se suas condições eleitorais forem melhores, será dele a posição de cabeça de chapa. "O importante é termos um palanque muito forte de apoio à ministra Dilma Rousseff no Paraná", diz Bernardo.

Afora a prudência de Osmar Dias – que ainda o compromete com o PSDB – outra dúvida do PT parece residir na oscilante posição do PMDB paranaense: há momentos em que parece pender para um apoio ao candidato presidencial tucano José Serra e, em outros, para manter as alianças nacionais e estadual com o PT. O ministro se negou a falar sobre a indefinição do PMDB paranaense, mas não escondeu que pretende conversar para trazer o partido de Requião para a frente partidária de apoio à candidatura de Dilma.

Stephanes

O PMDB esteve agitado ontem. Sentiu o baque da declaração do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, de que pretende apoiar Osmar Dias e não Orlando Pessuti para o governo estadual. Ora, o ministro é do PMDB e ocupa o posto por indicação do partido, que, no Paraná, já se decidiu por Pessuti. Seu gesto foi encarado até como uma infidelidade inconcebível. O presidente estadual peemedebista, deputado Waldir Pugliese, bradou da tribuna que a manifestação de Stephanes "era desnecessária" e defendeu a reforma política para "evitar que políticos se aproveitem das siglas."

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Olho Vivo

Prestígio

Qual político tem mais prestígio em Londrina para influir na eleição do prefeito? Esta pergunta foi respondida pelo Instituto Análise, do cientista político Alberto Almeida (um dos estrategistas hoje mais requisitados pelos políticos). E deu o quê? Deu Alvaro Dias em primeiro lugar, com 66%, à frente de Lula, com 59%. Beto Richa ficou em 5º lugar, com 49%, empatado com Requião.

Listas 1

O deputado Nelson Justus parece mesmo determinado a revelar o que havia escondido nos porões da Assembleia Legislativa. Ele prevê para os próximos dias o anúncio do seu plano de transparência, seguido de uma providência concreta e imediata: a publicação do nome de todos os funcionários da Casa, o que inclui os lotados nos gabinetes dos deputados.

Listas 2

Mas o Tribunal de Contas saiu antes com a lista de seus funcionários, mais de 600, muito embora a publicação não tenha sido ditada pelo esforço de abrir a caixa-preta, mas simplesmente de oficializar o reenquadramento dos servidores. A relação toma quase cinco páginas do Atos Oficiais do TC do dia 6 de março. É leitura divertida: dá para ver a incrível coincidência entre os sobrenomes dos funcionários com os de antigos e atuais conselheiros.

Passo 1

O Processo de Inspeção 188.869/07 instaurado em 2007 pelo Tribunal de Contas na Secretaria Municipal do Meio Ambiente – e que esteve guardado em gavetas do próprio TC, conforme revelou esta coluna no último domingo – deu um passo ontem. Voltou à Diretoria de Contas Municipais (DCM) para providências determinadas pelo conselheiro da área.

Passo 2

Em novembro passado, a prefeitura de Curitiba teve conhecimento dos resultados dessa inspeção. Tarde demais: uma das providências recomendadas em 2007 pelos técnicos era para a prefeitura suspender o pagamento de aditivo à empresa Cavo, responsável pela coleta de lixo. A secretaria ganhou prazo até o mês que vem para contestar o relatório ou corrigir as irregularidades.

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