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Olho vivo

Por fora

Ainda sobre o vice de Luciano Ducci: corre por fora a candidatura do deputado Osmar Bertoldi, do DEM. Ex-secretário municipal, pediu exoneração para poder integrar a chapa do prefeito. É o preferido dos vereadores de Curitiba, mas quase nunca é citado pelos que comandam a campanha da reeleição.

Londrina 1

A defesa do prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) afirma que os vereadores da cidade querem fazer com o pedetista mais ou menos o que o parlamento paraguaio fez com o presidente Lugo – tirá-lo da cadeira com argumentos contra os quais o alcaide não tivesse defesa e por meio de um processo que esperavam tão rápido quanto o do país vizinho.

Londrina 2

Na última quinta-feira, Barbosa prestou depoimento à comissão processante dos vereadores londrinenses. Ele é acusado de pagar com recursos da prefeitura dois vigilantes que, teoricamente, prestavam serviços de guarda na emissora de rádio da família do prefeito.

Londrina 3

O advogado Rodrigo Sanchez, que atua na defesa de Barbosa Neto, sustenta que na verdade o que ocorreu foi uma artimanha da empresa de vigilância Centronic. Segundo ele, a empresa enfiava na fatura contra a prefeitura nomes estranhos ao seu quadro de vigilantes ou que nem sequer trabalhavam em Londrina, sem o conhecimento do prefeito. A Centronic já havia sido considerada inidônea pela prefeitura de Curitiba por motivos semelhantes e teve o mesmo destino em Londrina por ato de Barbosa 11 meses após sua posse.

Londrina 4

Segundo a defesa, como o contrato de prestação de serviços da Centronic com a prefeitura foi firmado em 2006, é possível que irregularidades do tipo viessem ocorrendo desde a gestão anterior à de Barbosa Neto, eleito em 2008. Segundo Sanchez, os vigias que cuidavam da rádio também tiveram seus nomes indevidamente incluídos na fatura contra a prefeitura. Com o detalhe, porém, de que a emissora fazia pagamentos à Centronic em separado e de acordo com contratos de publicidade privados entre as duas partes, ressalta Sanchez.

Ney Leprevost ou Rubens Bueno? Eis o dilema com que vai se confrontar o governador Beto Richa assim que desembarcar em Curitiba na quarta-feira de volta da viagem que o leva a Nova York. Lá, ele badala o sino comemorativo dos 14 anos em que ações da Copel são negociadas na bolsa comandada por Wall Street. Aqui, terá de "bater o martelo" para definir o nome de quem ocupará a vaga de vice na chapa reeleitoral do prefeito Luciano Ducci (PSB).

As costuras com os dois nomes se aceleraram nos últimos dias da semana, mas não foi alcançado o necessário consenso entre os estrategistas da campanha de Ducci. Prós e contras continuarão submetidos a análises para, então, ser apresentados à decisão final de Richa.

Ao governador será dito que o deputado federal Rubens Bueno, presidente estadual do PPS, goza realmente de grande notoriedade, grande e boa experiência política e já provou, como candidato a prefeito de Curitiba em 2004, que pode ser capaz de puxar votos para Ducci. Nesse pleito, fez 20% da votação e ficou atrás apenas de Angelo Vanhoni e Beto Richa, depois eleito em segundo turno.

Basta isso para Rubens Bueno ser ungido candidato a vice? Não necessariamente, porque o outro potencial aspirante à vaga, o deputado estadual Ney Leprevost (PSD), apresenta credenciais importantes dadas as circunstâncias negativas que vem sofrendo o prefeito Luciano Ducci para enfrentar nas urnas Gustavo Fruet (PDT) e Ratinho Jr. (PSC).

Recordista histórico de votos em Curitiba na última eleição (conquistou na capital 59 mil num total geral de 80 mil), Leprevost tem a seu favor o fato de que transita na mesma faixa de Gustavo Fruet – isto é, no eleitorado de classe média, de melhor renda e de maior instrução. Logo, Leprevost poderia tirar votos de Fruet e transferi-los para suprir as carências de Luciano Ducci. Mais: o prestígio que alcançou por sua atuação parlamentar na área da saúde pública pode diminuir o forte desgaste enfrentado pelo prefeito nesse segmento.

Esses argumentos pendem para uma decisão favorável a Ney Leprevost. Mas, por outro lado, os estrategistas de Ducci temem que, se Rubens Bueno não for o escolhido, o PPS lance candidato próprio – no caso, a filha dele, a vereadora Renata Bueno – e que isso seja mais um fator a embaçar a performance do prefeito.

Tudo agora depende da sabedoria política de Richa, que tirou do PSDB, o seu partido, até mesmo a possibilidade de disputar uma humilde posição de vice na eleição da cidade que o elegeu prefeito duas vezes.

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