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Exatos 120 dias faltam, a partir de hoje, para o momento em que os eleitores de Curitiba e dos 398 outros municípios do estado escolherão novos prefeitos e vereadores. Mas no fim deste mês de junho, que de acordo com o calendário eleitoral de 2012 baixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), termina o prazo para que os partidos realizem convenções para a definição oficial dos seus respectivos quadros de candidatos.

Entretanto, nomes, alianças e estratégias de campanha já estão traçadas na maioria das cidades. Um dos casos em que as coisas estão já praticamente definidas antes mesmo das convenções é o de Curitiba – principal colégio eleitoral do Paraná, que congrega mais de 1 milhão de votantes e que, por isso, ganha projeção em nível estadual e importância nacional em razão dos inevitáveis desdobramentos para 2014, quando acontecerão os pleitos para governador e presidente da República.

Considerando-se afastada a hipótese de o PMDB juntar-se à coalizão PSB/PSDB que patrocina o projeto de reeleição do prefeito Luciano Ducci, o quadro já está praticamente definido com quatro candidatos principais. Além do próprio Ducci, estão estabelecidas também as candidaturas de Gustavo Fruet (PDT/PT/PV), Ratinho Jr. (PSC/PR) e Rafael Greca (PMDB).

Isto, no entanto, não garante necessariamente que, ao longo da campanha, os eleitores não se vejam diante de possíveis jogos de aparência. Analistas da cena política fazem elucubrações interessantes, as quais não podem ser classificadas a priori como meras "viagens da maionese". Ao contrário, elas fazem muito sentido ao se lançar os olhos para 2014.

Por exemplo: se as futuras pesquisas persistirem indicando o fraco desempenho apresentado pelo prefeito Ducci em todas as sondagens anteriores, não se afasta a hipótese de que ele venha a ser "cristianizado" por Beto Richa e pelo PSDB. É vital para Richa vencer na capital – fator que pode fazê-lo se sentir tentado a "migrar" seu apoio para Ratinho Jr. Para o governador, mais importante do que manter Ducci prefeito é derrotar Gustavo Fruet – um objetivo, aliás, que passou a ter caráter pessoal e necessário para embalar sua intenção de se reeleger governador em 2014.

As eventuais derrota de Ducci e vitória de Fruet mexem de forma negativamente drástica no projeto reeleitoral de Richa. Daí a possibilidade de se sentir atraído a abraçar Ratinho Jr. se este continuar se apresentando mais competitivo do que Luciano Ducci, já que a vitória de Gustavo Fruet escancara as portas para viabilizar de vez a candidatura petista da ministra Gleisi Hoffmann ao governo e para fortalecer a contribuição do Paraná à reeleição de Dilma à Presidência.

Enquanto isso, o senador Roberto Requião faz jogo próprio ao assegurar Rafael Greca como candidato do PMDB. Sabe que as chances de levá-lo à prefeitura são mínimas – mas raciocina que os índices que Rafael obtiver no primeiro turno poderão ser decisivos para costuras no segundo turno que lhe permitam continuar sonhando em voltar ao Palácio Iguaçu. Sonho, aliás, que vem propagando nas últimas semanas como forma de conter a ansiedade de peemedebistas propensos a levar o partido a apoiar Ducci desde o primeiro turno.

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