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O governador eleito, Beto Richa, ocupará seu domingo para bater o martelo na escolha daquele que será o presidente da Copel a partir de janeiro. Candidatos há vários, mas já estaria definido o nome do seu preferido – Lindolfo Zimmer, ex-diretor de Mar­­­keting da empresa na gestão do ex-presidente Ingo Hubert, entre 2000 e 2002, período em que se discutia a privatização da companhia no governo Lerner.

Além de consultor na área energética, o currículo de Zimmer registra o cargo de diretor-regional da empresa Hidromarc, com sede em São Paulo, especializada em Peque­­nas Centrais Hidrelétricas (PCHs) – setor que o novo governo promete priorizar. Os "copelianos" esperavam que o indicado fosse um servidor de carreira, na ativa.

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Finanças do Paraná: quem tem razão?

Na pressa, "os meninos do Beto" erraram ao anunciar o apocalipse das finanças estaduais. Não há o déficit de R$ 1,5 bilhão previsto para o ano que vem. Todas as obrigações do governo deste ano – como salário de dezembro e 13.º – serão religiosamente pagas, assim como há também previsão orçamentária para cumprir a programação do próximo ano.

Tanto a classificação de "meninos" quanto as demais afirmações são de autoria do secretário do Planejamento, Allan Jones, ao responder (a mando de Pessuti) à avaliação pessimista divulgada na semana passada pela equipe de transição nomeada pelo governador eleito Beto Richa. Segundo ele, também os R$ 200 milhões comprometidos nas últimas semanas pelo governo estão garantidos.

Quanto aos salários, a secretária da Adminis­­traçao, Maria Marta Lunardon, disse que isso nunca foi preocupação, pois ao longo do ano foram fei­­­­tos os provisionamentos para pagá-los. Ela espera que no dia 13 Pessuti anuncie a data em que os depósitos serão feitos.

Em suas divagações sobre os motivos que levaram a equipe do novo governador a concluir pelo desmanche da administração Requião/Pessuti, Allan Jones se disse compreensivo: "Até entendo a ansiedade dos meninos do Beto, que acostumados com a administração municipal, agora irão enfrentar um horizonte de 399 cidades". Acrescentou: "Em apenas dez dias, compreender o imenso volume de informações repassadas pode levar a erros de interpretação e de análise dos dados".

Mas foi além: "Na campanha [Beto] prometeu muito e assumiu muitos compromissos. Agora eles dizem que o governo está sem dinheiro para justificar a possível incapacidade de não cumprir o que foi prometido durante o perío­­do eleitoral."

A discussão é boa, mas inacessível a quem – eleitores e contribuintes comuns – ou não tem acesso completo às informações ou não reúne condições técnicas para interpretá-las corretamente. Algo, porém, não se pode admitir nem entre os representantes do governo que sai nem do que entra. Nem se admite a mentira de um lado nem a demagogia de outro.

Quem sabe seja possível se conhecer com um pouco mais (não toda) de segurança a realidade na próxima terça-feira, quando as duas equipes voltarão a se reunir. Enquanto isso, fica o suspense: quem, afinal, tem razão?

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Olho Vivo

Junta 1

O deputado Ney Leprevost já recebeu da Junta Comercial do Paraná esclarecimentos quanto aos salários pagos aos 18 vogais da autarquia. Ao invés de R$ 8 mil mensais pela obrigação de uma reunião semanal, os vogais percebem pouco mais de R$ 2 mil para analisar, diariamente, dezenas (ou centenas) de processos de constituição e registro de empresas na Junta. Leprevost, com base em denúncias que recebeu, apresentou na Assembleia requerimento de informações, mas em razão da divulgação antecipada, a Junta antecipou as explicações.

Junta 2

Os vogais são nomeados pelo governador do estado para cumprir mandato de quatro anos. O dos atuais termina no próximo mês de janeiro, mas, segundo o deputado, entidades empresariais já foram solicitadas a apresentar nomes de seus indicados para que Pessuti os nomeie ainda na sua gestão. Leprevost viu nessa atitude uma tentativa de "aparelhamento" da Junta pelo atual governador, já que Beto Richa encontraria o quadro de vogais já preenchido.

Prevenção

O deputado Eduardo Sciarra acha mais produtivo que as Forças Armadas participem do combate ao tráfico nas fronteiras do Paraná – fonte que abastece de drogas e armas os bandidos que levaram o caos ao Rio de Janeiro. Como não há esse trabalho preventivo, diz ele, as Forças Armadas tiveram de intervir no foco da guerra carioca.

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