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Olho vivo

Lixo 1

Depois de uma resistência que se prolongou por quase três anos, a prefeitura de Curitiba decidiu cumprir a determinação do Tribunal de Contas que considerou irregular o resultado da licitação para implantar o Sipar – a prometida indústria que prometia reciclar 2,5 mil toneladas de lixo de região metropolitana e pôr fim ao antiquado aterro sanitário do Caximba. A licitação apresentou como vencedor o consórcio Recipar e, em segundo lugar, o Paraná Ambiental.

Lixo 2

O Tribunal entendeu, em 2009, quando os resultados foram conhecidos, que esses dois concorrentes não preenchiam as exigências técnicas do edital. Um lacônico comunicado da comissão de licitação não esclarece o que fará a partir dessa decisão. A propósito: o terceiro colocado foi a construtora Tibagi.

Ibope 1

Tem pesquisa Ibope nesta semana, a de largada da corrida à prefeitura de Curitiba e que servirá de referência para as que virão depois. As entrevistas de campo foram feitas durante a semana passada, justamente no período de alta exposição do prefeito Luciano Ducci, candidato à reeleição, que aproveitou as comemorações do aniversário da cidade para, ao lado de Beto Richa, inaugurar várias obras e anunciar outras.

Ibope 2

A expectativa entre os mais chegados a Ducci é de que ele apareça com índices melhores do que aqueles de sondagens feitas no ano passado. Os dados coletados entram agora em fase de tabulação, mas o resultado final só estará pronto mais para o fim da semana, com o devido registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), como manda a lei.

Em perigo

Fundador do PMDB e membro nato de seu diretório, Milton Buabssi volta à carga. Após ver frustradas dentro do próprio partido suas tentativas de obrigar o diretório municipal de Curitiba a se regularizar, ele resolveu agora apelar à Justiça Eleitoral. Na última sexta, ele protocolou no TRE requerimento para que o registro do diretório seja extinto. Segundo ele, há ilegalidades e desobediências regimentais que tornam nulos todos os atos praticados pela atual direção partidária municipal.

O 19 de abril será o dia em que o candidato do PMDB a prefeito de Curitiba, Rafael Greca, espera sepultar de vez todas as especulações que correm na praça de que ele poderia até ser rifado pelo próprio partido. Vai acontecer nessa data, segundo ele, o fim do fogo amigo de que tem sido vítima – gente que trabalha nos bastidores para entregar na bandeja do governador Beto Richa o apoio peemedebista a Luciano Ducci – uma extensão da adesão do partido à base situacionista na Assembleia Legislativa.

Naquele dia Greca será oficialmente lançado candidato num encontro nacional do PMDB que será realizado no Centro de Convenções Torres – um auditório de 800 lugares que, segundo o ex-prefeito, será pequeno para abrigar a multidão de militantes de sua candidatura. Entre os notáveis que já teriam garantido presença, está o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp – exulta Rafael.

O candidato está animado. Embora não disponha de pesquisas com credibilidade técnica, ele acalenta a certeza de que seus índices melhoraram sensivelmente nos dois últimos meses. Trabalho ele tem feito para isso: de dia percorre os bairros e não raras vezes vara a madrugada "dialogando" com seus seguidores do Twitter e no Facebook.

Por isso, fica indignado com os boatos – como o que surgiu na semana passada – de que teria acertado ser o vice na chapa de Ratinho Jr., do PSC. "Quem nasceu Rafael nunca chegará a ratinho", responde com a verve irônica com que pretende, durante a campanha, conquistar os votos que ainda lhe faltam para voltar a ser prefeito.

Estranho semiaberto

É tão grave a situação penitenciária no Paraná por falta de vagas que cadeias públicas estão servindo para abrigar condenados pela Justiça que já alcançaram o direito de cumprir pena em regime semiaberto. Levantamento feito pelo Sinclapol – o sindicato que representa todos os policiais civis, com exceção dos delegados – mostra que há pelo menos 554 presos nessas condições.

Durante o dia, esses presos ficam soltos, mas têm a obrigação de se apresentar às 6 da tarde para dormir na cadeia, em celas igualmente superlotadas e imundas. Às 6 da manhã do dia seguinte, são novamente postos na rua. Em razão disso, policiais que deveriam cumprir outros afazeres mais importantes obrigam-se todas as tardes a "recepcionar" esses presos, a revistá-los e a cumprir o resto da burocracia.

Isto é o Paraná Seguro.

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