Cautelosos em demasia, ouve-se mais “nãos” do que “sins” dos pré-candidatos à prefeitura de Curitiba. Embora cercado de pressões vindas do Olimpo palaciano, Ratinho Jr. (PSC) continua dizendo tímidos “nãos” aos apelos. Para convencê-lo a aceitar o desafio, teriam-lhe acenado com a possibilidade de atrair o deputado Ney Leprevost (PSD) para ser o vice da chapa.
Seria uma forma de unir a “periferia” que Ratinho domina com a simpatia que a classe média curitibana devota a Leprevost. Leprevost respondeu à coluna com dois categóricos “nãos”: não foi procurado e não aceitaria a dobrada.
Uma exceção veio por escrito do presidente do DEM, deputado Pedro Lupion: ele confirmou que, sim, convidou Rafael Greca (PMN) a se filiar ao Democratas e ser seu candidato à prefeitura. Ganharia tempo de TV e participação em debates. Rafael ainda não disse sim ou não, muito pelo contrário. Um não enfático, porém, veio do presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Curitiba, Maurício Gulin. Apontado como um dos incentivadores da mudança de Greca, respondeu que não se mete nesses assuntos político-partidários.
Ao longe, disfarçado pela campanha que move contra a administração de Gustavo Fruet, o ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) responde com um rotundo não às investidas de áulicos palacianos que o aconselham a sair da disputa para se alinhar a Ratinho, o favorito do momento.
O mais categórico sim parte do candidato do PMDB, o deputado e agora líder da bancada Requião Filho. Que, além das próprias baterias, espera ser ajudado pela campanha de desgaste a que Fruet deverá ser submetido pelos demais candidatos.



