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Olho vivo

Ranking 1

Pela primeira vez desde os anos 1980, quando os principais institutos de opinião do país começaram a aferir a aprovação popular de prefeitos de capitais, Curitiba deixa de aparecer neste ano com seu prefeito em primeiro lugar no ranking. Segundo o Ibope, em levantamento divulgado ontem pelo portal da internet do jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito Luciano Ducci ocupa a 11.ª colocação. Ele é avaliado como ótimo/bom por 41% da população, mas é desaprovado (ruim e péssimo) por 20% – o que lhe dá um saldo positivo de 21%.

Ranking 2

Entre os primeiros 11, seis são candidatos à reeleição. Destes, os mais bem avaliados são o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. Eles têm aprovação de 51% e 55% e são desaprovados por 9% e 14%, respectivamente. Jaime Lerner, Maurício Fruet, Roberto Requião, Rafael Greca, Cassio Taniguchi e Beto Richa sempre figuraram em 1º lugar em todos os anos de seus respectivos mandatos.

Não vem

O Palácio do Planalto não confirma que a presidente Dilma Rousseff tenha agenda a cumprir neste fim de semana em Curitiba. Segundo se anunciou na última sexta-feira, ela viria para sacramentar o repasse de verbas federais para a construção do metrô curitibano. Embora convidada pelo prefeito Luciano Ducci, marqueteiros de Gustavo Fruet torciam pela oportunidade de a presidente gravar apoio para o programa do candidato. Decepção para os dois lados se ela não vier.

Completou-se ontem o caxangá promovido pelo governador Beto Richa: o ex-ouvidor-geral Cid Vasques assumiu a secretaria de Segurança Pública e o ex-secretário de Segurança Pública Almeida Cesar assumiu a Ouvidoria Geral. Embora o troca-troca lembre a cantiga infantil "Escravos de Jó", cujos versos se referem a um jogo de "tira, bota e deixa ficar" entre guerreiros que fazem "zigue zigue za", a mudança talvez vá além da explicação que foi dada.

Segundo a versão palaciana, a inversão dos fatores foi para alterar o produto: o governador estaria insatisfeito com a "lentidão" das medidas de combate à criminalidade na área da Segurança. Mas há também quem interprete a troca como resultado de um embate surdo entre Almeida Cesar e a secretária da Justiça, Maria Tereza Uille – responsável pelo sistema carcerário – aborrecida com a falta de apoio da secretaria de Segurança principalmente quanto à guarda das penitenciárias e escolta de presos.

A troca de secretários, porém, deverá ser analisada também sob o prisma do motivo alegado para que o antecessor de Vasques tenha perdido o cargo – isto é, sua suposta lentidão na tomada de providências para reduzir os índices de criminalidade. Nada, porém, vai mudar na política de segurança pública do estado – o que significa que do novo secretário só se espera mesmo é mais agilidade. Coragem não lhe falta.

Contra a aposentadoria

Colega e amigo de Maria Tereza Uille, o promotor Cid Vasques, duas vezes prestigiado por Beto Richa – primeiro, com a nomeação para Ouvidor no início da gestão e, agora, pela promoção a secretário da Segurança – notabilizou-se em 2010 por sua luta contra a aposentadoria de ex-governadores. Entretanto, Richa e Vasques não pensam igual sobre um assunto polêmico: aposentadoria de ex-governadores.

Há dois anos, Vasques chegou a entrar em choque com seu chefe, o então procurador-geral de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto, exigindo dele providências mais rápidas do Ministério Público no sentido de buscar a declaração de inconstitucionalidade do artigo 85 da Constituição Estadual que prevê a benesse da aposentadoria vitalícia de ex-governadores, quer tenham exercido seus mandatos antes ou depois da promulgação da Constituição Federal de 1988. A derrubada deste artigo acabaria também com sua consequência: a pensão para viúvas de governadores.

Beto Richa concorda com Vasques apenas parcialmente. Governadores anteriores a 1988 mantiveram o direito adquirido à aposentadoria, assim como suas viúvas, à pensão, diz o parecer que o governador encomendou à Procuradoria Geral do Estado no ano passado e por ele acatado.

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