O metrô fora do PAC

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A ministra Dilma Rousseff confirmou ontem informação antecipada por esta coluna há uma semana: se a prefeitura de Curitiba quiser mesmo fazer o metrô terá de buscar financiamento em outras fontes, já que o governo federal já decidiu não liberar recursos do PAC para esta obra. Em entrevista a Denise Mello, da rádio BandaB, a ministra foi clara: o PAC destinou um total de R$ 5 bilhões para obras nas 11 cidades que sediarão jogos da Copa de 2014 e não há como atender uma só cidade com R$ 1,2 bilhão, como quer Curitiba.

Dilma aconselhou o prefeito Beto Richa a incluir o projeto do metrô curitibano no PAC-2, que está sendo estruturado neste governo para ser cumprido pelo que vier depois do de Lula. Ou, então, que procure outras linhas de financiamento disponíveis no âmbito do próprio governo federal, mas não a fundo perdido.

Já quanto às outras obras previstas na lista que a prefeitura encaminhou ao PAC da Copa há grandes chances de ser incluídas no programa, principalmente no que diz respeito a melhorias no sistema de transporte em superfície – isto é, o velho e bom ônibus, e automóveis. Uma das obras que se encaixam nessa perspectiva é a melhoria da ligação do Aeroporto Afonso Pena com o centro, considerada fundamental e dentro do espírito de preparar a cidade para o grande afluxo de pessoas que virá para o(s) jogo(s) do mundial de 2014.

Depois da entrevista da ministra, a prefeitura divulgou nota em que não a desmente no essencial. Diz apenas que seus técnicos continuam mantendo conversações com a Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) para tratar do metrô.

Freud explica?

Irritado com agricultores que promoviam protesto durante um evento do setor, durante a campanha eleitoral de 2006, o governador Roberto Requião mandou que as faixas que portavam fossem enfiadas no... No Teatro Guaíra, com a presença do seu mentor ideológico, o ditador venezuelano Hugo Chávez, interrompeu o próprio discurso para mandar à m... um grupo de estudantes que lhe dirigia vaias. Diante da então procuradora-geral de Justiça, Tereza Uille, informou que sua porção feminina era lésbica.

Essas histórias constrangedoras, dentre tantas protagonizadas por ele, parecem revelar uma certa fixação, difícil de ser superada, em uma fase do ciclo de desenvolvimento definido pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. Fixação que se tornou mais evidente com a sua mais recente diatribe – aquela de anteontem na "escolinha", quando atribuiu às passeatas gays o crescimento dos índices de câncer de mama entre homens.

Mas não satisfeito com a sequência, ontem pela manhã, na Assembleia, fez insinuações a respeito da opção sexual de um deputado do PT, o Professor Lemos, que nos últimos dias vem criticando fortemente da tribuna os cortes de verbas promovidos pelo governo no setor educacional. Lemos classificou a insinuação do governador simplesmente como "vulgar".

O deputado, suplente, foi ameaçado de perder o lugar para o titular, Enio Verri, que deixaria a Secretaria do Pla­­nejamento para reassumir sua cadeira. A ideia já teria sido rejeitada pelo próprio Re­­quião: afinal, Verri é o homem forte do seu governo e não quer perdê-lo.