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"Vimos claramente que o Porto de Paranaguá é o mais eficiente do País, com maior produtividade."

Do reitor da UFPR, Carlos Moreira Jr., depois de visita guiada ao terminal sem oportunidade para ouvir a opinião dos operadores e exportadores.

Não houve sessão na Assembléia na semana passada. Quatro foram suspensas quando se constatou que deputados da base governista deixaram repentinamente o plenário para derrubar o quórum mínimo para votações.

A estratégia foi utilizada para evitar a aprovação de pelo menos dez incômodos requerimentos de informações dirigidos ao governo pela oposição. Eis alguns deles, todos objeto também da curiosidade popular:

• Quais os motivos da viagem do governador ao Japão e França? Quantos são os integrantes da comitiva? Quantos estão viajando às expensas do Erário? Quantos são servidores do Poder Executivo? Quantos de outros Poderes? Qual a despesa da viagem para os cofres estaduais com passagens, diárias, deslocamentos internos e outras viagens? Qual o total da despesa?

• No âmbito da administração pública estadual existe autorização para utilização de cartão de crédito corporativo por parte de seus servidores? Em caso positivo, quais os órgãos ou entes que solicitaram a emissão de crédito, quantos foram emitidos, em nome de quais servidores e quais os respectivos limites de gastos autorizados?

• Quando foi feita a licitação para conclusão do prédio onde está instalado atualmente o gabinete do governador? Qual o valor máximo estipulado para a obra? Qual a empresa vencedora, o valor contratado e o prazo para execução da obra? Foram formalizados termos aditivos? Quantos? Quais os respectivos valores? Quais os motivos que os justificaram?

• Quantas e quais licitações foram feitas pela Secretaria de Obras Públicas nos últimos quatro anos? Das licitações formalizadas, quantas obras foram executadas, e quantas ainda estão em andamento? Quantos contratos receberam aditivos?

• Que investimentos foram feitos nos últimos quatro anos para compra de equipamentos, reformas, folha de pagamento, incluindo servidores comissionados, concursados e profissionais terceirizados na Rádio e Televisão Educativa do Paraná?

O tamanho da oposição

A oposição continua sem saber exatamente qual é o seu tamanho. Os números variam, mas nunca passam de 21 dentre os 54 da Assembléia.

Na semana passada, porém, um diligente observador dizia não ter dúvidas de que, oposicionistas de fato, são apenas 14 deputados: Valdir Rossoni, Ademar Traiano, Augustinho Zucchi, Elio Rusch, Luiz Carlos Martins, Douglas Fabrício, Marcelo Rangel, Plauto Miró, Duilio Genari, Durval Amaral, Osmar Bertoldi, Edgar Bueno, Ribas Carli Filho e Rui Hara.

Há outros sete deputados que, auto-intitulados como independentes, geralmente votam com a oposição – mas vez por outra fazem o jogo do governo. O mesmo observador dá os nomes: Edson Praczik, Chico Noroeste, Rosane Ferreira, Reni Pereira, Cida Borgheti, Antonio Belinati e Ney Leprevost.

Olho vivo

Homenagem – O antigo Educandário Santa Felicidade agora tem outro nome: "Lucy Requião de Mello e Silva". Está de conformidade com a lei 15.485/07 assinada pelo governador Roberto Requião de Mello e Silva.

Bom pagador 1 – O governo estadual tem poucas chances para anular o julgamento do STF que negou o reembolso, pela União, do investimento que fez na década de 70 para construir a ferrovia Central do Paraná. Era a última esperança para livrar o estado de ter de indenizar a empreiteira CR Almeida, que executou a obra e não recebeu tudo o que achava de seu direito. A dívida com a construtora, de cerca de R$ 4 bilhões, já foi reconhecida pela Justiça e, sabe-se lá quando, terá de ser quitada.

Bom pagador 2 – Mas não é só a ferrovia Central do Paraná que o estado fez às próprias custas, embora fosse obra de competência federal. Tem também o caso da duplicação da BR-376, entre Curitiba e Garuva, executada no período de três governos sucessivos: Alvaro Dias, Jaime Lerner e Requião.

Bom pagador 3 – Para pagar o custo da duplicação, foram utilizados recursos da venda das ações que o governo detinha no capital social da extinta Telepar – então uma empresa pública estadual – e o dinheiro resultante da dissolução do primeiro fundo de previdência criado para os servidores públicos.

Bom pagador 4 – O Paraná nunca foi indenizado pela União pela duplicação. Entretanto, a rodovia é um dos trechos que serão pedagiados em breve. Ou seja, os paranaenses que trafegarem por ela em direção aos excelentes portos de Santa Catarina ou às suas praias vão pagar duplamente: da primeira vez, com parte do patrimônio do estado e, logo-logo, com o pedágio.

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