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"Gosto muito de ser secretário e acho que é um trabalho digno e de honra. Tomei esta decisão com o coração."

Do (agora de direito) secretário da segurança pública, Luiz Fernando Delazari, explicando porque preferiu demitir-se da carreira de promotor do Ministério Público.

O que é melhor e mais barato para o Paraná: construir o ramal ferroviário ligando Guarapuava a Lapa ou Guarapuava a Ipiranga. A primeira grande diferença é que a segunda opção está incluída no PAC e a primeira, não – coisa que está suscitando acaloradas discussões entre os grupos que defendem posições opostas. A questão não se circunscreve apenas ao plano técnico, mas invade também o político.

O tema vem sendo debatido há anos nos foros técnicos da engenharia ferroviária. Uma das vertentes considera que a ligação Guarapuava-Lapa-Curitiba-Paranaguá é a única capaz de viabilizar economicamente a Ferroeste – trecho de 300 quilômetros construído e operado pelo governo estadual ligando Guarapuava a Cascavel. A outra vertente defende que o melhor é integrar a Ferroeste à ferrovia Central do Paraná (operada pela concessionária ALL), via Ipiranga.

Na sexta-feira retrasada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou que o governo federal havia optado pela segunda alternativa e destinado R$ 547 milhões de recursos do PAC para realizar a obra.

Foi o que bastou para a turma do contra levantar protestos, alguns com inusitada virulência. Dentre os que preferem a outra solução inclui-se o senador Flávio Arns – embora seja tão petista e tão governista quanto o ministro Paulo Bernardo. Arns argumenta que o ramal passando pela Lapa custaria bem mais barato, seria mais curto, ofereceria fretes mais baratos e garantiria maior competitividade para os produtos paranaenses.

Questionado, o ministro Paulo Bernardo esclareceu que já conversou sobre o assunto com o governador Roberto Requião e que ambos concluíram ser mais viável a opção incluída no PAC. A outra, por ser de interesse da Ferroeste, envolveria a aplicação de recursos estaduais ou da própria ferrovia.

Olho vivo

Radares – A promotora Adriana Vanessa Rabelo Câmara, do Ministério Público Estadual, deu prazo de 45 dias para que o prefeito Beto Richa e a Urbs rompam o contrato com a Consilux – empresa que opera o sistema de radares de Curitiba em troca de R$ 723 mil mensais. A razão apontada pela promotora é o fato de a Consilux encontrar-se inscrita na dívida ativa municipal: em abril do ano passado, acumulava um débito de R$ 1,2 milhão junto aos cofres municipais por não pagar, há anos, o Imposto sobre Serviços (ISS). A legislação determina que entes públicos (no caso a prefeitura da capital) não mantenha contratos com contribuintes inadimplentes.

Multa – O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, foi designado ontem relator do projeto de resolução que anula a obrigação do Paraná de pagar multa ao Tesouro Nacional por não honrar títulos envolvidos no processo de saneamento do Banestado. Inicialmente, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Aloízio Mercadante, havia indicado Ideli Salvatti para a relatoria. Sabiamente, ele recusou o encargo: Santa Catarina, o estado que representa no Senado, é um dos emitentes dos títulos podres que o Paraná se viu obrigado a honrar. Ainda não foi marcada nova data para a votação da resolução.

Enfim – Após anos de pendências judiciais, o silo público do Porto de Paranaguá recebeu ontem sua primeira carga de soja transgênica. Trezentos caminhões vão despejar o produto no silão diariamente, o equivalente a 12 mil toneladas. Até agora, por decisão do governador Roberto Requião, o "silão" estava reservado para receber apenas soja convencional. Como, porém, 95% das cargas que chegam a Paranaguá são de produto transgênico, ultimamente o silão vinha operando com uma ociosidade superior a 90%. Com capacidade para armazenar 100 mil toneladas, vinha estocando, em média, apenas cerca de 10 mil toneladas.

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