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Olho vivo

Religa 1

O vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ruy Fernando de Oliveira, decidiu ontem que os radares de Curitiba devem ser religados. Em novembro passado, a desembargadora Regina Portes determinara o desligamento por entender que a operação dos equipamentos vinha sendo feita de modo irregular: a prefeitura não poderia ter prorrogado, ao arrepio da lei das licitações, a vigência do contrato que mantinha com a empresa Consilux, dona dos radares.

Religa 2

O teor e os fundamentos da nova decisão não são ainda conhecidos e nem a Urbs – empresa municipal que gerencia o sistema – havia sido notificada até a tarde de ontem. É possível, porém, que o Ministério Público, que propôs a ação que culminou com o desligamento, ingresse imediatamente com novo recurso tão logo seja também oficiado.

Dilma aqui

Está confirmado: a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, virá ao Paraná no próximo dia 6. Tem na agenda dois compromissos. O primeiro será em

São José dos Pinhais, logo depois do seu desembarque no Afonso Pena: um encontro suprapartidário com prefeitos de todo o estado. Em seguida vai a Colombo para a posse do novo presidente do PT estadual, deputado Ênio Verri, e para lançamento de livro com a história do partido no Paraná.

O senador Osmar Dias almoça hoje com a presidenciável petista Dilma Rousseff. Pronto: está firmada a aliança PDT-PT no Paraná? Mas, porém, contudo, talvez, todavia, quem sabe... (termos que a gramática da língua portuguesa classifica como conjunções adversativas, usados para exprimir fatos ou conceitos que se opõem) esta não seja ainda exatamente a hora. Como diria Roberto Carlos, "detalhes tão pequenos de nós dois" ainda impedem o anúncio solene do casamento.

O que separava os dois lados era a possibilidade de o senador Osmar Dias ser ressuscitado pelo PSDB como seu candidato preferencial. A hipótese afigura-se agora tão remota que até deixou de ser considerada – muito embora Osmar tenha sido chamado ontem à noite pelo presidente nacional tucano, senador Sérgio Guerra, para mais uma conversa. Até o fechamento desta coluna, desconheciam-se os resultados desse encontro noturno.

Aparentemente, pois, o almoço de Dilma com Osmar servirá para fazer um balanço do atacado e discutir o varejo. O atacado é a própria aliança entre eles; o varejo, os tais detalhes que faltam ser equacionados.

Um dos principais detalhes é a divisão de opiniões na esfera estadual entre os dois partidos, dentre os quais aquele que diz respeito à definição de quem seria o melhor petista para figurar como vice de Osmar Dias. O PDT insiste que o nome ideal é o da presidente regional, Gleisi Hoffmann. O PT não concorda, pois considera que Gleisi tem grande chance de se eleger senadora – mais importante do que ser vice.

Em torno disso, distribuem-se alfinetadas mútuas. A própria Gleisi diz que, antes de querer impor seu nome para a vice, o PDT deveria se comportar no Paraná como partido da base de Lula e de se comprometer pública e claramente com os programas do PT e com o projeto político de eleger Dilma.

Osmar devolve: "Pelo jeito, Gleisi não tem acompanhado meus votos no Senado, sempre alinhados com o governo, e também não sabe da nossa posição em relação ao presidente Lula e à ministra Dilma porque não compareceu a nenhum dos encontros regionais que o PDT promoveu no Paraná para debater programa de governo".

Foi mais além: "Parece que o PT está interessado só em usar-me para eleger Dilma e o resto é secundário. Ora, se querem uma aliança comigo, o partido deve se comprometer igualmente com a minha eleição!".

Osmar concorda, contudo, que a aliança entre dois partidos sérios deve ser feita em torno de programas – mas os compromissos devem ser recíprocos. Por isso, também gostaria de ter o apoio ou de pelo menos ouvir do PT o que o partido pensa das propostas de governo que o PDT apresenta para o Paraná.

Muito embora considere que não deva se imiscuir nos assuntos internos do PT, como o da definição do nome para vice, Osmar entende que os pedetistas que clamam pelo nome de Gleisi Hoffmann podem ter razão. "A questão não é tirar Gleisi da disputa pelo Senado para favorecer Requião. O que nos interessa é que, do ponto de vista eleitoral, o nome dela é o que melhor complementa a chapa, principalmente porque atrai o público feminino e melhora nosso desempenho em Curitiba e região metropolitana", argumenta.

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