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Olho vivo

Reabre 1

Aguarda-se para esta semana a publicação da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, na semana passada, determinou a reabertura das investigações sobre o suposto caso de caixa 2 na campanha de Beto Richa à prefeitura de Curitiba em 2008. O processo voltará, então, ao exame da 1.ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para que acusados e testemunhas sejam ouvidos e se conclua a instrução para o julgamento final.

Reabre 2

Advogado de um escritório de Brasília deverá formalizar ao presidente do TRE, desembargado Irajá Prestes Mattar, o pedido de imediata reabertura do processo pela 1.ª Zona tão logo a decisão do TSE seja publicada. Se comprovada a prática de caixa 2 na campanha de 2008, Richa poderá ser condenado à pena de inelegibilidade por oito anos e o vice de sua chapa, Luciano Ducci, hoje no exercício do poder municipal, poderá perder também o seu mandato de prefeito.

Reabre 3

O suposto esquema de caixa 2 foi revelado meses depois da eleição, quando vazou um vídeo no qual um ex-dirigente da campanha do PSDB foi mostrado distribuindo dinheiro para que candidatos a vereador pelo minúsculo PRTB abandonassem o candidato do próprio partido e passassem a apoiar Richa. Eles faziam parte de um certo Comitê da Lealdade, mantido pelo PSDB, com recursos não contabilizados, segundo constaram as investigações iniciais.

Eleições 2012

O ex-deputado e ex-prefeito Rafael Greca, indicado ontem como candidato à prefeitura de Curitiba pelo PMDB, já estava entusiasmado com a ideia de representar o partido na eleição do ano que vem. Ele já organiza seus arquivos para mostrar suas realizações no tempo em que foi prefeito (1992-1996) – na época sustentado pelo prestígio do grupo de Jaime Lerner. Desgarrado do lernismo e aliado de Requião, Rafael perdeu substância eleitoral, mas acredita na recuperação.

O prefeito Gilberto Kassab embarcou de volta a São Paulo na noite de sexta-feira carregando bagagem mais pesada do que aquela que trouxe para Curitiba: viajou com a convicção de que o PSD – partido novo que está organizando nacionalmente – estará preparado para participar das eleições do ano que vem na maioria dos municípios do Paraná. Incluindo a disputa pela prefeitura de Curitiba, "por quê não?".

Foi o que sentiu após as duas horas de reunião que manteve num hotel do centro da cidade com cerca de 150 presentes – número três vezes superior ao que esperava encontrar. Kassab entregou ao deputado Eduardo Sciarra e ao ex-deputado e ex-ministro Alceni Guerra (ambos velhos militantes do DEM, partido de que se afastaram na semana passada) a responsabilidade de organizar a nova legenda no Paraná. Sciarra será seu primeiro presidente estadual.

Além desses dois nomes, há outros que devem anunciar adesão ao PSD no decorrer dessa semana, logo após o ato oficial de fundação da legenda, quarta-feira, em Brasília. Um deles já está "95% certo", que é o deputado Ney Leprevost. Outro que já se considera membro-fundador do novo partido é o ex-deputado federal Marcelo Almeida.

Mantêm também a intenção de filiar-se os deputados Marcelo Rangel (PPS) e Reinhold Stephanes – este último, contudo, somente após confirmar que não terá chances de assumir a presidência do diretório curitibano do PMDB.

Mas para que lado irá o PSD? É o próprio Kassab que diz à coluna: "O PSD será um partido independente e que deixará aos seus filiados em cada estado e em cada município a liberdade de tomar as decisões políticas mais interessantes".

Se depender, contudo, do que se conhece da trajetória e das posições políticas dos que estão dispostos a aderir ao novo partido no Paraná, parece não existir dúvida de que ele comporá a base de apoio ao governador Beto Richa. Logo, à primeira vista, não serão notadas mudanças sensíveis no quadro estadual.

A única possibilidade de haver uma eventual separação seria resultante de uma eventual decisão do ex-deputado Gustavo Fruet de abandonar o PSDB por falta de apoio do governador Beto Richa à sua candidatura a prefeito e ingressar em outra legenda, não necessariamente o PSD. Gustavo já marcou data para anunciar sua decisão numa entrevista coletiva que marcará logo depois de 1.º de maio.

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