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Olho vivo

Retaliação

Sabem aquele leiloeiro oficial que supostamente teria tentado vender quatro jipões Troller do governo do estado depois de terem sido retirados do pregão pelo Departamento do Transporte Oficial (Deto)? A tentativa custou-lhe um pedido do governo para que a Junta Comercial não mais o indique para presidir leilões oficiais. O leiloeiro, Helcio Kronberg, no entanto, pede à coluna que dê sua versão para o expurgo que sofreu. Segundo ele, foi uma retaliação: desde 2007 ele denuncia irregularidades no Deto, incluindo a subtração de peças de veículos levados a leilão. E em 2014, segundo afirma, na verdade ele se negou a vender os Trollers para evitar "favorecimento indevido". Apenas registrou propostas.

Nunca antes

Nunca antes na história de Curitiba houve tantas oportunidades de investimento como agora, na gestão Fruet. É o que dizem o prefeito e alguns de seus secretários em reuniões com empresários ao anunciarem que nos próximos anos serão aplicados R$ 9 bilhões em infraestrutura. Além do metrô de R$ 4,7 bilhões, a construção de moradias, do novo Contorno Sul, drenagem de rios, conclusão da Linha Verde e aumento da capacidade do Inter 2 abrirão oportunidades de R$ 5 bilhões em investimentos.

Arraiá

Você paga e os motoristas e cobradores fazem a festa. Será no dia 21 o "Arraiá do Sindimoc", na sede campestre do sindicato da categoria. Seus 8 mil associados terão ingresso grátis para ter direito ao quentão e à quadrilha. E mais: concorrerão ao sorteio de um carro zero. A festa é financiada com parte da tarifa do ônibus. A CPI da Câmara havia sugerido a exclusão dessa parcela da planilha como forma de contribuir para a redução da tarifa.

O PMDB do B (do Beto) dizia ter contabilizado até ontem à noite pelo menos 60% dos votos na convenção estadual do partido, nesta sexta-feira. O senador Roberto Requião, do velho PMDB, não conseguiria somar 30%. Os 10% restantes figuram, segundo os deputados que defendem a coligação com o PSDB de Richa, entre os indecisos e os calados.

A ampla maioria que, supostamente, já teria sido alcançada pelos richistas será devido à adesão do pelotão liderado pelo ex-governador Orlando Pessuti. Ele, assim como Requião, brigava pela candidatura própria (a sua, claro). Mas, percebendo que seria inviável, partiu rapidamente para o plano B – B no sentido de mudar o projeto pessoal inicial e de derrotar o desafeto Requião.

Não sai de mãos abanando: o PMDB do B chegou a lhe oferecer a vice de Beto Richa, mas Pessuti, segundo fontes de sua assessoria, decidiu-se à última hora por uma solução que considera mais coerente com a sua histórica fidelidade ao PMDB. Garantiram-lhe a candidatura a senador "avulso" do PMDB, o que lhe permitirá abrir seu palanque para Dilma e Temer e, nada o impede, apoiar também Gleisi Hoffmann, cujo partido, o PT, está nacionalmente coligado ao PMDB.

Para a vice de Beto deverá mesmo ser sagrado o nome do deputado Caíto Quintana, solução muito do agrado dos seus 12 colegas de bancada na Assembleia. Além de emplacar a vice para o partido, os deputados abrem espaço no Sudoeste, tradicional curral eleitoral de Caíto, para assegurar a reeleição de Nereu Moura e abrir território para lançar outros candidatos fortes na região.

Os últimos movimentos do PMDB, se realmente confirmados na convenção do dia 20, definem com maior clareza o quadro eleitoral paranaense. O primeiro efeito é o de evitar a perigosa (para Beto) participação de Requião no pleito. Além de enfrentar um candidato a menos, Richa se vê livre da máquina de triturar que Requião estava pronto para girar em velocidade máxima. Sem Requião no páreo, sua briga tende a ser no "mano a mano" com Gleisi.

A possível polarização entre ambos, porém, não tira o ânimo do deputado Rubens Bueno, do PPS. É possível que se apresente logo como "terceira via" no Paraná, oferecendo, de quebra, palanque e apoio para o presidenciável Eduardo Campos, do PSB.

Outro efeito da articulação do PMDB do B (sempre com a ressalva de que ela ainda depende dos votos secretos da convenção) atinge também o senador tucano Alvaro Dias. Companheiro de chapa de Richa, corria praticamente sozinho para conquistar a reeleição. Agora terá Pessuti a fazer-lhe oposição direta e com alvos definidos para conquistar – os professores e policiais que não guardam boas lembranças do então governador (1987-1991) Alvaro Dias.

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