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Segunda-feira da próxima semana, dia 13, 96 representantes sindicais da indústria paranaense vão escolher um novo ou confirmar o atual presidente da poderosa Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Mas o assunto não é de interesse restrito dos empresários do setor, pois há importantes repercussões políticas em andamento.

Duas chapas concorrem à diretoria da entidade. Uma, liderada pelo atual presidente, Rodrigo Rocha Loures; outra, de oposição, pelo ponta-grossense Álvaro Scheffer.

O Palácio das Araucárias está muito interessado nessa eleição, assim como esteve na anterior, em 2003, quando trabalhou arduamente para interromper a era José Carlos Gomes de Carvalho – o Carvalhinho –, colocando em seu lugar o até então amigo Rocha Loures. Ganhou a parada.

A Fiep era a jóia da coroa do esquema de dominação política de Requião sobre as principais entidades empresariais do estado. Houve outras investidas exitosas: conseguiu eleger também Virgílio Moreira para a presidência da tradicionalíssima Associação Comercial do Paraná. De tão amigo e membro do grupo, Virgílio logo pediu licença da ACP para voltar ao cargo de secretário da Indústria e Comércio, de onde havia saído para disputar a eleição.

Outra entidade que também foi colocada sob o guarda-chuva requianista foi a Federação do Comércio do Paraná, para a qual foi eleito o amigo Darci Piana.

Das grandes, só a Federação da Agricultura (Faep) não se submeteu. Ágide Meneguette manteve-se rebelde à orientação do governador, cujos pendores pelo MST o distanciam dos empresários rurais.

No caso da Fiep, Rocha Loures, que de aliado passou a ser crítico do governo, perdeu a simpatia de Requião. A chance do governador de retomar a Fiep está em eleger Álvaro Scheffer, de cuja chapa faz parte o indefectível Virgílio Moreira e, como coordenador político, o secretário sem pasta Luiz Mussi.

Esta semana será decisiva.

A opinião dos procuradores do Tribunal de Contas

A procuradora-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Ângela Cassia Costaldello, nega ter havido qualquer manifestação coletiva dos procuradores (são 11 no TC) sobre a prestação de contas do governo estadual relativa ao exercício de 2006. Sequer, diz ela, aconteceu debate sobre o conteúdo do parecer de autoria do procurador Michael Richad Reiner, que recomendou a rejeição, por irregularidades, das contas estaduais.

A procuradora fazia referência à nota publicada por esta coluna na sexta-feira dando conta da insatisfação entre os procuradores com a decisão dos conselheiros do TC que, ao aprovar as contas, contrariou o parecer. A coluna esclarece: em nenhum momento referiu-se a uma manifestação coletiva e oficial dos procuradores, mas reproduziu com fidedignidade a opinião informal de vários deles sobre o assunto.

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Olho Vivo

Recordista – Levantamento realizado pela revista Imprensa indica que a Televisão Paraná Educativa é, dentre as emissoras estaduais oficiais, uma das que consome mais dinheiro público. No ano passado, o governo paranaense gastou com ela nada menos de R$ 18 milhões, enquanto que a TV Piratini (a educativa do Rio Grande do Sul, estado de porte semelhante) consumiu R$ 16 milhões e a Rede Minas (MG) gastou R$ 14,6 milhões. A diferença de gastos, porém, não significa programação de melhor qualidade para a TV Ecucativa.

Compostura 1 – O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, perdeu a compostura com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, durante reunião com prefeitos e líderes empresariais da Região Oeste, no Hotel Bourbon, em Curitiba, na última quinta-feira. Organizado pela deputada Luciana Rafagnin, no encontro estava também presente o secretário estadual do Planejamento, Ênio Verri.

Compostura 2 – O motivo do confronto foi o PAC e as parceiras público-privadas. Durante sua exposição, Paulo Bernardo falou da construção do ramal ferroviário Guarapuava–Ipiranga, orçado em R$ 540 milhões. Bernardo lamentou a postura da Ferroeste, que estaria sendo restritiva à adoção da PPP.

Compostura 3 – A resposta do presidente da Ferroeste deixou os empresários surpresos com o tom desagradável. Levantou-se e acusou o governo federal de propor uma "PPP carimbada" na construção do ramal, em que o vencedor seria a ALL. Mais: garantiu que a Ferroeste poderia construir a obra pela metade do preço.

Conversão – Depois de contestar Samuel, Paulo Bernardo teve dificuldades em conter a irritação frente, até mesmo, aos palavrões que ouviu. O presidente da Ferroeste foi rapidamente retirado do ambiente após o ministro ter informado que não trataria de assuntos com interlocutores não credenciados. "Quando eu preciso, falo com o governador e não com um subalterno desse nível", explicou Bernardo.

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"Eu não sei que diabo que as pessoas gostam tanto de ter tanto dinheiro debaixo do travesseiro."

do presidente lula, sexta-feira, estimulando prefeitos e governadores a gastar mais com a realização de obras.

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