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Celso Nascimento

Vazamentos

O deputado Valdir Ros­­­soni, presidente da Assembleia Legislativa, responsabilizou ontem o procurador-geral da Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, pelo vazamento antecipado de informações a respeito de investigações que o Ministério Pú­­blico realiza. Segundo ele, denúncias de que teria abrigado fantasmas em seu gabinete foram anônimas e que a apuração não foi concluída e nem comprovadas as supostas irregularidades.

Em discurso, Rossoni atribuiu os vazamentos ao dedo de Olympio e que teriam sido motivados pelo fato de o irmão do procurador, o ex-diretor Le­­­gislativo da Assembleia, Severo Sotto Maior, ter sido demitido pela atual direção da Casa. Severo foi citado como responsável por contratar parentes – um deles um filho que teria sido admitido na Assembleia quando contava 14 anos de idade.

A acusação pública de Rossoni a Olympio abre uma nova frente de batalha – agora contra o que o presidente da Assembleia classifica de lentidão do Ministério Público na apuração e na tomada das providências legais cabíveis quanto às inúmeras irregularidades já comprovadas. Rossoni acha inexplicável – ou explicável demais! – a demora do MP.

A esta nova frente soma-se, também, a repentina decisão – anunciada na última sexta-feira – de considerar nulos o procedimentos tomados na Assembleia que culminaram, em 2008, na nomeação de Maurício Requião para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Inscrições para o preenchimento da vaga foram imediatamente abertas. E um dos primeiros a candidatar-se foi o atual procurador-geral do estado, Ivan Bonilha.

O custo das câmaras

A ONG Transparência Brasil traduziu em números a irrelevância das câmaras municipais de muitas das 27 capitais brasileiras: gastam muito e não produzem quase nada. No total, o custo dos vereadores das capitais para o bolso do contribuinte chega a R$ 1,6 bilhão, mas se dedicam quase exclusivamente a dar nomes de ruas e a tratar de outros assuntos de quase nenhum interesse público.

Num ranking entre as câmaras que mais pesam para o contribuinte aparece a de Curitiba, em 4.º lugar, cujo orçamento, em 2010, era de R$ 89 milhões (em 2011, esse valor foi aumentado para R$ 100 milhões). Cada curitibano tirou do bolso no ano passado R$ 51,00 para manter o Legislativo, mais do que o dobro do que pagou um paulistano (R$ 23,00).

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