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Nos corredores

Todo mundo junto

Distante de Beto Richa e mais próximo de José Serra do que de Aécio Neves no PSDB, Alvaro Dias terá a chance melhorar o relacionamento com os colegas até o fim do mês. Após as conversas sobre mudança de partido, ele vai participar do encontro regional do partido marcado para "apresentar" Aécio aos curitibanos, na Sociedade Thalia, no próximo dia 28.

Novo pai do VT

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), será um dos participantes de audiência pública marcada para 29 de outubro na Câmara dos Deputados sobre a redução da tarifa de transporte. O pedetista é autor de uma proposta encaminhada em julho ao governo federal que sugere a isenção da passagem para estudantes carentes e universalização do vale-transporte para trabalhadores.

Bancada na Fiep

A bancada do Paraná no Congresso tem reunião nesta segunda-feira com representantes do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, na sede da Fiep, em Curitiba. Os parlamentares vão receber os dados de um estudo sobre as quatro áreas prioritárias de investimentos para a retomada do desenvolvimento do estado.

Faltam 20 dias para o término do prazo de filiação partidária dos candidatos que vão concorrer em 2014 e a principal dúvida do xadrez eleitoral do Paraná está resolvida. Após inúmeras sondagens, o senador Alvaro Dias decidiu que vai ficar no PSDB para concorrer à reeleição. A decisão abre e fecha uma porção de contas, em Brasília e Curitiba.

Antes de se definir, Alvaro foi procurado com duas propostas para concorrer ao Palácio do Planalto. Na primeira, recebeu convite para migrar ao PPS e ser candidato a vice-presidente de José Serra. Na segunda, foi sondado para disputar a Presidência por um partido que ele não revela o nome (nos bastidores do Congresso, comenta-se que seria o DEM).

O senador também foi convidado pelo presidente nacional do PV, José Luiz Penna, para se filiar à legenda. Nesse caso, o projeto seria o Palácio Iguaçu. Outros contatos tentaram lançá-lo, pelo PSDB, para o governo do Distrito Federal e do Rio de Janeiro.

Em meio a diferentes opções, Alvaro estipulou o Sete de Setembro como data-limite para seguir um caminho. Esperava que as manifestações sinalizassem algo. Como os protestos murcharam, achou que seria "mais coerente e menos turbulento" permanecer com os tucanos.

O que ele queria mesmo, no entanto, era participar do que chama de "missão maior". Em 2010, Serra chegou a anunciá-lo como candidato a vice em uma chapa pura do PSDB. O arranjo foi desfeito quando o DEM nacional bateu o pé para ficar com a vaga e o irmão, Osmar Dias (PDT), oficializou a candidatura ao governo apoiado pelo PT.

Desta vez, pesaram as incertezas. Serra mantém certa competitividade, mas está muitíssimo distante do potencial eleitoral que tinha há três anos. E, no caso de uma troca para o DEM, por exemplo, nada ­­­­garante que o partido não poderia mudar de ideia até a convenção do ano que vem.

Brigar pelo Palácio Iguaçu em uma legenda pequena, com uma campanha polarizada entre Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e talvez Roberto Requião (PMDB), também não seria uma aventura das mais fáceis. Assim como mudar o domicílio eleitoral para outro estado. Por tudo isso, preferiu a prudência – não é à toa que, em 42 anos seguidos de disputas eleitorais, Alvaro só perdeu duas vezes (em 1994 e 2002, quando concorreu a governador contra Jaime Lerner e Requião, respectivamente).

As últimas duas vitórias para o Senado, em 1998 e 2006, foram marcadas pela mesma estratégia de agora. Em acordos de bastidores, conseguiu excluir o máximo possível de rivais competitivos. Em 2006, por exemplo, teve como única adversária relevante uma ainda desconhecida Gleisi – ainda assim, venceu por apertados 50% a 45% dos votos válidos.

Ao se decidir por ficar no PSDB e concorrer ao Senado em 2014, Alvaro pacifica a coligação que sustenta Beto Richa. Em contrapartida, elimina possíveis oponentes dentro da chapa, que deve ter mais de dez partidos.

Só faltou um nó, familiar, para desatar. A possibilidade de uma ­­­disputa fratricida contra Osmar não está descartada. Os irmãos mantêm há décadas um acordo tácito de não se enfrentar nas urnas. O que tem ficado cada vez mais explícito, no entanto, é que desta vez a situação pode ser diferente. Atual vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar é o nome para o Senado que mais contribuiria para a campanha de Gleisi. E já disse que quer concorrer. Resta saber como é que fica depois da decisão de Alvaro – e se o mano mais velho continua com a preferência.

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