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Taxista depilou o corpo inteiro e fez uma tatuagem para ganhar o fusca | Gazeta do Povo
Taxista depilou o corpo inteiro e fez uma tatuagem para ganhar o fusca| Foto: Gazeta do Povo

Tucanos da mais alta linhagem nacional vão pousar em Curitiba na segunda-feira. Entre os craques do partido, são esperados um ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Aécio Neves. Ao desembarcar no Seminário de Desenvolvimento Urbano do PSDB, eles verão com os próprios olhos colegas estranhos e típicos do Paraná: os tucanos do bico vermelho.

Para quem não lembra, Roberto Requião (PMDB) fez o batismo da nova raça. Na gana de eliminar concorrentes ao Palácio Iguaçu no ano passado, ele montou uma coligação em que o cargo de vice-governador seria ocupado pelo então presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB). A Executiva Nacional peessedebista não gostou da invenção, a experiência deu errado e sobraram os tais bichos estranhos, seguidores do governador.

O evento de depois de amanhã é visto como a oportunidade de reagrupar a ninhada. Até as aves puras estão descontentes com o seu pedaço amarelão. O PSDB quer – e chegou à conclusão de que precisa - deixar de lado a pose do partido que trouxe a estabilidade econômica e mostrar sugestões práticas para melhorar a vida do brasileiro.

O toque de despertar foi dado por uma pesquisa da própria legenda que apontou que Lula seria reeleito outra vez, caso a legislação permitisse. O remédio é fazer o povão entender que os tucanos são uma opção no combate ao desemprego e à insegurança. Isso, para eles, não é ficar rubro como o PT, mas ter a atitude pró-ativa digna de oposição.

No estado, a nova cartilha terá de valer a partir das eleições municipais do 2008, com candidaturas fortes em Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu. Mas as lições deverão estar decoradas na disputa de 2010, quando os caciques do partido querem obrigatoriamente um palanque forte no Paraná para sustentar Serra ou Aécio na corrida presidencial. A ordem é ter um candidato de peso ao governo, seja quem for – Alvaro Dias, Beto Richa ou Gustavo Fruet – e doa a quem doer – nem que seja o aliado Osmar Dias (PDT).

A missão para qualquer um dos três será reconduzir a união do partido no Paraná, pintar uma mistura entre o azul e o amarelo. Desde que o resultado não seja o rosa-choque ou laranja-calheiros...

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Nos corredores

78% de faltas – Desde o acidente com o avião da TAM, dia 17 de julho, é raro ver o deputado Nélson Meurer (PP) na CPI do Apagão Aéreo da Câmara. Ele faltou sete das nove reuniões. Apenas duas ausências foram justificadas. Os outros dois paranaenses titulares da comissão são Gustavo Fruet (PSDB) e André Vargas (PT).

Cristo no Congresso – Seguidoras de Inri Cristo (ele mesmo, made in Curitiba) distribuíram na quinta-feira panfletos do "messias" no salão verde da Câmara dos Deputados. No santinho, uma foto do sujeito e o texto "Agora em Brasília", com telefone e página na internet. Inri saiu do Paraná há um ano para montar um escritório na capital federal. Partiu em busca de novas almas para salvar, mas foi ao lugar certo.

Aeroporto – O deputado Alfredo Kaeffer (PSDB) é o interlocutor no Congresso Nacional de um do maiores desejos do Oeste do Paraná: a construção do aeroporto regional de Cascavel. A obra custará R$ 50 milhões.

Só CPMF – O senador Osmar Dias (PDT) e o deputado federal Barbosa Neto (PDT) participaram na terça-feira de uma reunião de duas horas entre o presidente Lula e a bancada pedetista no Congresso. Entre tragadas das suas fedidas cigarrilhas pretas, Lula pediu uma aliança PT-PDT nas eleições municipais do ano que vem e a votação favorável à continuação da CPMF. Entre os paranaenses, foi atendido apenas na segunda solicitação.

Ratatouille – O deputado Ratinho Júnior (PSC) atiçou o desejo de ser prefeito de Curitiba. Ele ficou animado com as denúncias envolvendo o assessor do prefeito Beto Richa (PSDB), Ezequias Rodrigues. "O Beto estava pensando que iria fazer um vôo solo para reeleição. Não vai mais", argumentou.

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"Não vejo nisso um trabalho eleitoreiro. Se a maioria da população está satisfeita e existe um projeto de reeleição, eu acho normal um governador ser reeleito."

Valdir Raupp, senador do PMDB-RO. A frase foi publicada em 1997, quando uma reportagem da Folha de S. Paulo denunciou que o parlamentar teria recebido R$ 60 milhões (cerca de R$ 150 milhões corrigidos) para apoiar a reeleição de FHC. Raupp é hoje relator do projeto de resolução que acaba com multa mensal aplicada pela União ao Paraná.

agoncalves@gazetadopovo.com.br

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