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Um líder comunitário que luta pelo seu bairro e pelas causas do seu grupo, que sabe se comunicar e interagir com o povo pode ser chamado de popular. Já, os popularescos e os demagogos que usam os artifícios da dissimulação e da comunicação fácil trabalham sempre em benefício próprio e do entourage que os acompanha. Acreditar que um "Zé Mané Qualquer Coisa" um "Zé Não Sei do Quê" se candidatam a vereadores pelo ideal de servir a uma causa ou ajudar a comunidade é da mais pura ingenuidade. As diferenças são claras. O povo as confunde porque estes aproveitadores da hora sabem agir nas paixões populares mais veementes: o discurso rasteiro, o bizarro, a gaiatice e as promessas. O escritor satírico austríaco Kral Kraus dizia que "o segredo do demagogo é se fazer passar por tão estúpido quanto a sua platéia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele." Já votamos em cacarecos, chipanzés e performers de todos os tipos. A América Latina está cheia deles e pagamos um preço alto por isto. Subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos.

Procuram-se líderes natos. Tratar com os eleitores

Como Cronos, o Deus grego que devorava os filhos para que estes não lhes fizessem sombra, os caciques políticos do Paraná não costumam fazer sucessores. Há tempos que não aparece um líder de fato na terra das araucárias, daí a dificuldade da escolha. Fantoches, teleguiados e meninos de recado não são líderes, são o que são. Onde sobra verborragia falta carisma.

Horário político influencia o voto?

O site veja.com fez uma enquete entre os leitores e o resultado foi o seguinte: Você costuma assistir ao horário eleitoral? Raramente 33,96%, sempre 9,7% e nunca 56,34%. O horário político influencia seu voto? Às vezes 10,55%, sim 5,58%, não 83,87%. É claro que a enquete é entre gente esclarecida que assina a revista Veja e tem costume de navegar pelos universos on-line. Mas é um dado importante. O horário político faz o candidato se tornar conhecido, mas em determinadas faixas da população não vai influenciar o voto.

O matriarcado bate à porta

Em quatro capitais, candidatas mulheres poderão ir para o segundo turno. Em Curitiba tudo leva a crer que não há esta expectativa. O esforço está sendo grande, vale tudo, até desenterrar defuntos antigos. Quem votar verá.

Eloi Zanetti é especialista em marketing e comunicação empresarial e escreve às quintas-feiras.

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