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Quando um time sabe que não tem como ganhar o jogo durante o tempo regulamentar, faz de tudo para levar o resultado para a prorrogação ou para a decisão por pênaltis. Só assim poderá ter alguma chance. É o que a turma da Gleise tenta fazer. Provocar o eleitor para que este lhe dê a oportunidade do segundo turno. O discurso está no ar, mas será que alguém anseia por mais uma dose de propaganda eleitoral?

Alô!Alô! Responde

Para os candidatos a vereador, o rádio e a televisão já cumpriram o papel de expô-los à divulgação, mas não está mais surtindo efeito. É grande o número de eleitores que não sabe ainda em quem votar para a Câmara Municipal. Em todo o Brasil o fenômeno se repete. A solução tem sido a mais caseira possível, ligar para as pessoas e pedir votos. Não a ligação mecânica, gravada e impessoal dos telemarketings, mas dos próprios candidatos ou dos seus parentes mais próximos. A rua ainda é o melhor lugar para se falar com o eleitor.

Apesar das dificuldades, o corpo a corpo entre o candidato e o eleitor funciona.

Nessa última semana a abordagem de rua tem sido amplamente utilizada. Campanha política dá trabalho. Nos últimos dias da sua campanha para prefeito de Curitiba em 1953, Ney Braga reforçou sua candidatura percorrendo sozinho, de ponta a ponta a Avenida República Argentina – na época uma das mais importantes da cidade. Bateu de casa em casa, se apresentou e pediu votos. Foi a diferença que o fez ganhar as eleições e iniciar a sua brilhante carreira de homem público.

Vai ficar devendo para o Ibope

Existe candidato a prefeito que vai ficar devendo para o Ibope, começou com zero de intenções e caiu mais ainda. Desculpem-me os outros institutos, mas o Ibope ainda é símbolo de pesquisa eleitoral.

Não há nada de novo sob o sol

Leia o que diz o Manual de Campanha Eleitoral de Quinto Cícero – político romano – escrito em 65 a.C. e ainda atual: "...deve-se conhecer os eleitores pelo nome, saber adulá-los, mostrar-se generoso, suscitar o bom conceito e despertar esperanças políticas (...) Deve-se exercitar o fingimento a ponto de fazê-lo parecer natural (...) Bajulação é obrigatória: ela pode ser má a aviltante na vida normal, mas nem por isso deixa de ser necessária, quando se é candidato. (...) O candidato deve adaptar-se à maneira de pensar e sentir de todos quanto aborda (...) O candidato deve trabalhar em três planos diferentes: benefícios prestados, esperança e simpatia desinteressada. (...) Espalha-se um boato, vasculha-se a vida do concorrente e prepara-se uma acusação (...) O candidato deve estar de pé antes do nascer do sol, os seus fiéis assessores a postos na entrada da sua casa e esta deve estar cheia quando a noite ainda é escura". E para finalizar; "Todo mundo é assim, gosta-se muito mais de uma mentira do que de uma recusa."

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