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A rapaziada tucana parece ter se enredado no seu jogo arlequinesco, de sorte que já não conseguiria distinguir, ela própria, entre verdade e mentira.

Vamos às hipóteses correntes dentro do universo presidido, aqui na terrinha, pelo deputado Valdir Rossoni.

Conversa vai, conversa vem, alguma troca de asperezas em Brasília e tudo continua na mesma. Os tucanos nativos aguardam a resposta final do senador Osmar Dias para saber se ele será ou não candidato a governador.

Antes disso, tudo o mais é pura especulação. Natural, aliás, diante da enorme ansiedade no poleiro para definir a situação do grupo.

Por conta da indefinição surgiram alternativas para todos os gostos, desde a candidatura de Luciano Ducci ao lançamento de Gustavo Fruet. O que não deixa de ser uma forma de apressar os irmãos Dias a definir seu plano de vôo.

Alvaro Dias teria desistido de vez de enfrentar Requião. Decidiu-se pelo Senado e avisa que a primazia agora é de seu irmão Osmar, que pediu aos tucanos o prazo de 20 dias para dar a resposta final.

Se Osmar Dias não for candidato, muda tudo. Nem por isso o tucanato fica sem alternativa. Voltou, ontem, com força, a hipótese de uma aliança com o PMDB de Requião. Este entregaria a vice e o Senado para garantir uma reeleição tranqüila.

Dois tucanos são aceitos no Palácio Iguaçu para compor a chapa principal. Hermas Brandão e Euclides Scalco. Para Valdir Rossoni sobraria a chance de disputar a presidência da Assembléia. Tudo em nome da saúde da candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, que precisa de um palanque eficiente no Paraná.

Mas nada disso se define antes da palavra final de Osmar Dias, que ontem foi ao médico para revisar as pernas. Duas coisas pareciam, ontem, ao menos, certas: Requião é candidato a governador. Alvaro Dias é candidato ao Senado.

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Na praça outra vez – O presidente Lula poderá desembarcar em Curitiba no domingo para ver o COP8, encontro da ONU. Os petistas nativos também insistem em trazê-lo para a inauguração da reconstrução da ponte Capivari-Cachoeira.

Deixam a moita – Requião pediu a todos os ocupantes de cargos em seu governo que são candidatos nas eleições de outubro que desocupem a moita. Imediatamente. Sem prorrogação. A lista é longa.

Defenestrados – Os secretários defenestrados são: Valdir Pugliesi, dos Transportes; Luiz Eduardo Cheida, do Meio Ambiente; Caito Quintana, da Casa Civil; Wanderley Iensen, secretário chefe de gabinete; Aldair Rizzi, da Ciência e Tecnologia; Reinhold Stephanes, do Planejamento; Edson Strapasson, da Região Metropolitana; Luiz Cláudio Romanelli, da Cohapar.

Segunda linha – Também deixam seus cargos, Marcelo Almeida, do Detran; Algacy Túlio, do Procon; Ricardo Gomide, da Paraná Esporte; Leonaldo Paranhos, do Ipem; Gilberto Martins, da Saúde; Péricles de Mello, da Sanepar; Eduardo Baggio, da Classpar e Jorge Demiate, da Paraná Turismo.

Radicalizou – Requião decidiu radicalizar nessa questão do nepotismo. Entrou no debate com projeto enviado à Assembléia que proíbe que parentes de deputados tenham emprego em qualquer dos poderes, para evitar o nepotismo cruzado. Houve deputado que pronunciou sonoro cruz credo.

Fila da vice – Osmar Serraglio, Odílio Balbinoti, Maria Marta Lunardon, Heron Arzua, Renato Adur, Zezinho de Ângulo. Além dos tucanos Euclides Scalco e Hermas Brandão. Estes são os nomes apontados até aqui para a vice de Requião.

Sob protesto – A bancada do PDT na Assembléia Legislativa tem apenas cinco membros que não se entendem quando se trata de disputa de cargos e gabinetes. A eleição de Luiz Carlos Martins para a liderança da bancada teve três votos e dois irritados opositores que nem foram votar: Neivo Beraldin e Renato Gaúcho. Desforço físico – Por conta dos desentendimentos em torno da eleição do novo líder do PMDB na Câmara, dois deputados da bancada paranaense, Hermas "Frangão" Parzianello e Max Rosenmann, chegaram a trocar sopapos. O presidente Aldo Rebello abriu sindicância e adiou a eleição.

Quatro paranaenses – Dos deputados federais que salvaram o colega João Magno, do PT de Minas, de perder o mandato por envolvimento no mensalão, quatro são paranaenses: Aírton Roveda e César Silvestre, do PPS; Pastor Oliveira, do PL; e José Janene, do PP. Contribuíram com a sua ausência.

Farpa – "Estamos diante da possibilidade real de que um político federal tenha o mesmo destino do político municipal vereador Aparecido Custódio da Silva, aquele que foi preso porque tomava parte dos salários dos funcionários de seu gabinete", avalia o deputado Dobrandino da Silva.

Não ofende – Quantos candidatos ao governo tem o tucanato paranaense?

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As boas – A reconstrução da ponte sobre a represa Capivari-Cachoeira na BR-116 será concluída na semana que vem.

As más – A crise no setor madeireiro jogou 4.209 trabalhadores na rua da amargura, especialmente na região sul do Paraná.

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