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A decisão do PMDB de não ter candidato a presidente da República modifica o quadro sucessório no Paraná, diz o deputado Alexandre Curi.

É muito provável que a candidatura de Flávio Arns, do PT, não saia do hangar. O presidente Lula prefere repetir sua aliança com Requião no estado a encarar a aventura de uma candidatura própria que divide as esquerdas.

Segue o baile. Se Arns sair do páreo, aumentarão as chances da sucessão estadual terminar no primeiro turno. O maior beneficiário será Requião, que ponteia as pesquisas.

Outra vantagem de Requião é o ritmo lerdo de tucanos, pefelistas e pedetistas para definir seu candidato próprio. Não há muito que escolher, mesmo assim o processo é lento.

O principal adversário de Requião será um dos irmãos Dias, Osmar ou Alvaro, indicam as pesquisas. Todos os outros ensaios abortaram. Ninguém, além dos irmãos Dias, tem índice consistente para encarar a fera.

O deputado Gustavo Fruet, o mais invocado para servir de salvador da pátria, não está disposto a jogar fora uma reeleição tranqüila em troca de uma duvidosa candidatura a governador.

É claro que nem todos concordam com essa linha. Os petistas desafetos de Requião torcem para que a candidatura própria de Flávio Arns prospere. É o caso do deputado Tadeu Veneri, que não esconde sua irritação ao ver "companheiros" rondando a cerca do Cangüiri.

Enquanto a sucessão é cozinhada em banho-maria, o vice Orlando Pessuti não pode assumir o posto de conselheiro do Tribunal de Contas. Ora, pois, se o PMDB nativo não fizer nenhuma aliança, terá de adotar novamente a chapa pura. Nesse caso, Pessuti é o único vice entre os quadros do partido que Requião admite.

Está candidato – O senador Osmar Dias está candidato. Ontem, foi ao Rio de Janeiro para conversar com a alta direção do PDT sobre a sua situação. Pediu mais dez dias para resolver o imbróglio. E revelou que tem o apoio do governador de Alagoas, Ronaldo Lessa.

Reunião adiada – A reunião de lideranças das oposições foi adiada. Nem Osmar Dias nem Beto Richa poderiam comparecer e sem eles não há nada a decidir. Agora, tucanos e pefelistas esperam sinal de Osmar Dias para marcá-la imediatamente.

Vade retro – O governo adiantou-se a todas as interpretações para assegurar que as rebeliões em cadeias públicas do Paraná nada têm a ver com o crime organizado de São Paulo. Aqui, diz o secretário Luiz Fernando Delazari, os eventos resultam do excesso de presos.

Acelera Riquelme – Por que o processo da Olvepar continua parado no Ministério Público? Foi a pergunta feita ontem pelo governador Requião ao novo procurador de Justiça, Milton Riquelme, que prometeu providências urgentes. Costura do PTB – Requião vai conversar com o PTB da terrinha. Ontem, logo após a reunião do Mãos Limpas, falou com Geraldo Serathiuk e ligou para o presidente estadual, Alex Canziani, para costurar o encontro. Para evitar dúvidas, todas as alas do partido serão convidadas.

Quebrou o fundo – O prefeito Nelson Tureck, do PMDB, denunciou ontem que o Fundo de Pensão dos Servidores Municipais de Campo Mourão está quebrado. E aponta o causador da insolvência. Segundo ele, foi na gestão de Rubens Bueno como prefeito que o fundo quebrou.

De olho nos fundos – O mesmo prefeito Nelson Tureck sugeriu ao Ministério Público e à Polícia Federal que investiguem um escritório de advocacia que faz intermediações de dinheiro de fundos de pensão municipais para aplicação em bancos privados.

Advogados no pacotão – O líder do governo, Dobrandino da Silva, diz que os advogados do estado devem se sentir incluídos na majoração de salários conhecida como pacotão do Requião. Ele vai incluí-los na mensagem para reparar o que considera uma injustiça.

Mineirice – Perguntado sobre a sua posição diante da possibilidade de nova votação de lei antinepotismo, o deputado Natálio Stica, do PT, que segue orientação palaciana, deu resposta digna de político mineiro.– Não sou contra, nem a favor, nem muito antes pelo contrário.

Pulou a cerca – O prefeito de Cornélio Procópio, Amin José Hannouche, desistiu do PDT e ingressou no PMDB de Requião.

Sanguessugas – Aldo Rebelo está às voltas com outro esquema que drena recursos da Câmara Federal para o bolso dos deputados. É a cota de passagens usada pelos parlamentares para viajar entre Brasília e suas bases.

Farpa – "O Requião é como o leão; se alguém mostra medo ele engole", diz o tucano Valdir Rossoni.

Não ofende – A reunião de chefes e chefetes das oposições será a última para decidir sobre a candidatura de Osmar Dias?

As boas – Deputado Ricardo Barros, relator da proposta que obriga a instalação de bloqueadores de sinais de radiocomunicações nas penitenciárias, avisa que o projeto poderá ser aprovado em regime de urgência.

As más – A rebelião em cadeias públicas do Paraná, estendendo a insurreição paulista do crime organizado, acendeu a luz amarela nos órgãos de segurança do estado.

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