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Ontem, o presidente do PDT nacional, Carlos Lupi, pôs uma pá de cal sobre as esperanças de quem torce pela candidatura do senador Osmar Dias.

Diz Lupi que o partido não abre mão da candidatura à Presidência da República. Mesmo depois de constatar que seus candidatos ao posto não ultrapassam 1% das intenções de voto.

No Paraná, o senador Osmar Dias é o grande prejudicado por essa presunção presidencial que não aproveita a crença de que os homens se diferem dos asininos.

Além de Osmar Dias, sofrem as oposições ao governo Requião, que neste momento estão no mato sem cachorro.

Já a banda de tucanos e pefelistas que prefere embarcar na incrível armata do governador, exulta. Invoca a necessidade de apear Lula e não tem pejo em defender o entendimento com o PMDB.

Essa turma faz ar de ponderação e fala em acordo, entendimento por cima, consenso nacional, mas é tudo a mesma coisa. Ontem, o prefeito Beto Richa defendeu a tese. Com cuidado, para não ferir suscetibilidades, como é de seu feitio.

O problema é que este consenso, tido como imprescindível para eleger Alckmin, é intragável para certos tucanos e pefelistas.

"Nem morto", diz o presidente do PFL nativo, Abelardo Lupion. Logo secundado, em coro, por Cassio Taniguchi, Plauto Miró Guimarães, Eduardo Sciarra e outros menos votados.

Esta gente tem urticária quando ouve o nome de Requião. E ainda não tem alternativa para o nome de Osmar Dias. Ficou encalacrada em seu próprio jogo, que é pequeno diante da disputa na República.

Há, ainda, um pequeno raio de esperança de que as coisas mudem e o presidente do PDT nacional, Carlos Lupi, mude de atitude e libere Osmar Dias para disputar o governo do Paraná.

Mas tudo indica que Requião vai mesmo enfrentar outros candidatos, entre eles Rubens Bueno, do PPS, e Flávio Arns, do PT, já lançados e em plena campanha. A não ser que inteligência e bom senso retornem ao lugar que um dia foi de Brizola.

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Sem constrangimento – Cassio Taniguchi, do PFL, diz que não terá constrangimento em subir no palanque do tucano Geraldo Alckmin ao lado do prefeito Beto Richa, com quem andou trocando farpas. Já ao lado de Requião ele diz que não sobe nem a pedido do próprio Alckmin.

Linha aberta – O PPS de Rubens Bueno andou em discretas conversações com a turma do PFL nativo que não quer nada com Requião. Bueno se propõe a liderar a ampla frente que apoiaria Osmar Dias, do PDT.

Contra-ataque – O deputado federal Gustavo Fruet diz que não aceita provocação. Prepara sua defesa na Justiça Eleitoral contra representação do PMDB, que o acusa de propaganda irregular.

Prática comum – Fruet explica que veicula mensagens anualmente, no aniversário de Curitiba. Portanto, não configura propaganda eleitoral. "É uma tentativa de intimidação do governador e certamente outras virão", diz. Manobra rápida – O presidente da Assembléia, deputado Hermas Brandão, avalia hoje a possibilidade de colocar em pauta a segunda votação da lei que proíbe o nepotismo no Paraná. Se perceber que não tem o quórum de 33 votos favoráveis, adia a proposta para semana que vem. Bingo – O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar, define hoje, por sorteio, o nome do novo relator do caso José Janene, do PP. A CCJ da Câmara define parecer sobre aposentadoria de Janene.

Humilhados e ofendidos – Em encontro do PMDB, o secretário Maurício Requião atacou o deputado José Maria Ferreira. O chamou de "traidor, sem-vergonha, pilantra e imoral", porque não seguiu orientação do governador Requião para votar contra a lei antinepotismo. Ontem, na sessão da Assembléia, o deputado recebeu a solidariedade da oposição.

Inconstitucional – Cerca de mil agricultores liderados pela deputada Luciana Rafagnin, do PT, fazem passeata hoje contra aprovação do projeto de Lei do Cooperativismo, do senador Osmar Dias. Os agricultores alegam que a proposta é inconstitucional. Torcida jovem – O deputado Artagão Júnior comemorou o crescimento do pré-candidato à Presidência pelo PMDB, Anthony Garotinho, na pesquisa Data Folha. Defesa do mandato – O deputado Jocelito Canto, do PTB, esclarece que não vai perder o mandato. Seus advogados entraram com recurso no STJ em Brasília, contra ação do Ministério Público que o acusa de ferir a lei eleitoral com promoção pessoal . "Enquanto a ação transitar em julgado não perderei o mandato", afirma.

Farpa – "Tem político que encomenda pesquisa com resultado a seu favor e depois acredita no próprio engodo", diz o senador Osmar Dias.

Não ofende – Há político que se relaciona com institutos de pesquisas na base do me engana que eu gosto?

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As boas – O Dia de Mobilização Contra a Aids foi um sucesso. Levou 9.009 curitibanos às 26 Unidades de Saúde para fazer o teste de HIV. As más – O Ministério da Agricultura estima que o consumo mundial de aves caiu entre 20% e 25% nos últimos meses por causa da gripe aviária.

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