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A população de Curitiba e região metropolitana aumentou em 400 mil habitantes nos últimos cinco anos. O equivalente a quase uma Londrina no pedaço.

O IBGE contou 2,7 milhões de habitantes em 2000. A versão de 2006 do "Curitiba em dados", do IPPUC, calcula 3,1 milhões.

Nesse quadro, a população de Curitiba passou de 1,587 milhão para 1,757 milhão. São 170 mil novos habitantes. Algo assim como se a população inteira de Guarapuava se transferisse para a capital.

As projeções mostram que cresceu a proporção de habitantes na área de Curitiba e região metropolitana. Se somarmos as sete maiores cidades do Paraná – Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel e Guarapuava – teremos a população da capital.

O Bairro Novo, que tem apenas 15 anos, sozinho é maior que um dos municípios mais antigos do Sul do país, que é Castro. É maior que Telêmaco Borba, Pato Branco, Paranavaí. É até mesmo maior que Campo Mourão, a cidade do condestável do PPS, Rubens Bueno.

Como se vê, a importância de Curitiba nas eleições é cada vez maior. Hoje, a capital, incluída a região metropolitana e a área de influência no litoral, atinge perto de 1/3 do eleitorado do Paraná.

Ou seja, dificilmente alguém se elegerá governador se não tiver uma base considerável em Curitiba. Há cinco atores políticos com peso na capital. De um lado, Requião e sua incrível armata. Ao lado, Ângelo Vanhoni, do PT.

Do outro lado da praça, Beto Richa. As outras figuras referenciais da cidade são Cassio Taniguchi, do PFL; Gustavo Fruet, do PSDB, e Luciano Ducci, do PSDB, que compõem a turma de oposição ao PMDB ou nem tanto, dependendo das circunstâncias.

Agora, que a verticalização foi confirmada, inibindo alianças heterodoxas, o quadro político paranaense exige atenção para a grande fatia de eleitores sob influência da capital e a dificuldade adicional que enfrentam as candidaturas de outras praças.

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Ao jogo, senhores – Nenhum político nativo esperava outro resultado da votação no STF que não fosse a confirmação da verticalização nas eleições deste ano. Com a regra do jogo definida, nada impede os candidatos de firmar compromissos e definir suas pretensões.

Liberdade, liberdade – Aqui, dois candidatos ao governo torcem agora para que seus partidos não lancem candidaturas à Presidência da República nem façam alianças nacionais. Requião, do PMDB, e Osmar Dias, do PDT, querem liberdade para as articulações no estado.

Mão dupla – O prefeito Beto Richa recebeu uma comissão de estudantes secundaristas que exige meia-passagem no transporte público. Curitiba, dizem os estudantes, é a única capital que não oferece o benefício. Richa prometeu estudar a reivindicação que onera o preço geral da passagem. Em troca pediu apoio à sua campanha pela redução de impostos que incidem sobre a tarifa.

Limites em campanha – A Câmara dos Deputados aprovou limites para a campanha eleitoral. Não serão divulgadas pesquisas no período de 15 dias antes do pleito. Fica proibido o uso de outdoor, de showmício, a distribuição de brindes e propaganda do candidato ou partido em jornais ou revistas.

Cassio e Alckmin – O ex-prefeito Cassio Taniguchi, do PFL, esteve em São Paulo com o presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Reforçou a idéia de que no Paraná tucanos aliados ao PFL devem ter candidato próprio e afastar-se de vez do PMDB de Requião.

Com o povo na praça – Hoje, na Praça Rui Barbosa, bumbos, trombones e foguetório para anunciar o lançamento da candidatura do ex-governador Paulo Pimentel ao Senado. Iniciativa de lideranças comunitárias que participam do programa de rádio do deputado Carlos Simões.

Pior que o soneto – O deputado André Vargas tentou emendar o equívoco que o levou a tratar Carlos Simões como "balaústre da política paranaense". Diz que pretendia dizer o que disse, pois balaústre significa pilar e, segundo Vargas, Simões é uma coluna de sustentação da política nativa. Ora, pois.

Dívida para renegociar – O paranaense Abelardo Lupion assumiu a Comissão de Agricultura da Câmara Federal no lugar do goiano Ronaldo Caiado. Promete dar prioridade máxima à renegociação da dívida dos agricultores.

Educativa municipal – Está na Câmara o projeto do prefeito Beto Richa para a criação de uma emissora de rádio e outra de televisão do município de Curitiba.

Farpa – "Pesquisei no dicionário e conclui que todas as acepções da palavra balaústre são metáforas que ficam muito bem para qualificar o deputado Carlos Simões", diz o deputado Durval Amaral.

Não ofende – Foi estridente o debate entre o presidente do PSDB nativo, Valdir Rossoni, e o senador Alvaro Dias, em Brasília?

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As boas – Os coletores de lixo de Curitiba fizeram acordo salarial e não farão greve, como ameaçavam. Aceitaram a proposta de reajuste de 8,57%.

As más – As perdas na agricultura atingiram 17,4% no Paraná. Na Região Sudoeste o drama é maior. As perdas na produção de milho chegam a 63,8%.

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