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"Estou sendo engolido pela falta de um candidato de oposições e pela ala do PSDB que deseja um acordo político com o Requião".

Ora, pois, o desabafo é do presidente do PSDB nativo, Valdir Rossoni, que sabe muito bem do que está falando.

Quanto mais os tucanos e os peemedebistas nativos conversam nos bastidores, mais se inflamam os adversários de Requião, agora capitaneados por Rubens Bueno.

Já há quem diga que será inevitável a aliança entre o PPS nativo e o PFL. Desde que o PPS se curve aos apelos para integrar a frente nacional de apoio a Geraldo Alckmin.

O problema é que os tucanos da província não se entusiasmam com a candidatura de Bueno. Partem, impávidos, para entendimentos de outra catadura nas imediações do Palácio Iguaçu.

A primeira providência dos tucanos da terrinha foi abortar a reunião de oposições que pretendia tratar do futuro de tucanos, pefelistas e assemelhados no mesmo embornal. Não sai mais. Nem nessa, nem na outra segunda.

Ontem, vários encontros entre emissários do PMDB e representantes dos tucanos demarcaram o terreno das possibilidades de um acordo geral, pelo qual todos se deixariam envolver numa heterodoxa corrente da felicidade eleitoral.

Requião, por sua vez, deixou de atirar nos tucanos e voltou a cortejar alguns de seus membros mais expressivos. O prefeito Beto Richa foi contemplado com novas verbas e recurso extra no orçamento para subsidiar o diesel na tarifa do ano que vem.

Requião virou a metralhadora e concentrou o fogo em Rubens Bueno. Bueno responde no mesmo tom Tudo o que deseja é passar à condição de representante de todos os que ainda sonham com a derrota do governador nas eleições de outubro. Só não consegue convencer os tucanos de casa.

Arreou os alfes – A novidade, que nem é tão nova, é a de que o senador Alvaro Dias já não se opõe a um entendimento do PSDB com o PMDB de Requião. Até porque essa aliança lhe daria o conforto de tranqüila eleição para o Senado.

Vargas no ataque – O capo do PT, André Vargas, diz que não há força que consiga retirar a candidatura de Flávio Arns que, em seu entender, cresce e vai surpreender a todos, especialmente aos governistas que perderam a fé.

Política de alianças – A política de alianças para as eleições de 2006 será o principal tema da pauta de discussão da pré-convenção que o PPS do Paraná realiza hoje, às 17 h, no Hotel Caravelle. A pré-convenção vai discutir também as chapas de deputados federais e estaduais.

Fora dos trâmites – O procurador-geral de Justiça, Mílton Riquelme de Macedo, informa que na reunião do Mãos Limpas, da última segunda-feira, o governador Requião não fez referência ao caso Copel–Olvepar, quando falou da lentidão dos trâmites processuais na Justiça.

Herança indigesta – O deputado Íris Simões diz que o envolvimento de seu nome entre os beneficiários do escândalo das ambulâncias resulta de ter ficado com os processos de ex-deputados e deputados do PTB.

Parceria pefelista – O deputado Ademar Traiano se reuniu com o ex-prefeito Cassio Taniguchi e o vereador curitibano Sabino Picolo, ambos do PFL. Acertaram parceria de apoio nas próximas eleições. "Um vai apoiar o outro numa dobradinha em favor do Paraná", explica Traiano.

Sinal dos tempos – Desde a semana passada, o líder do PMDB, Dobrandino Gustavo da Silva, recebe prefeitos tucanos da Região Oeste em audiência. O prefeito de Braganey, Rui Figueiredo Pereira, e o de Ramilândia, Ubaldo de Barros, se declaram favoráveis à aliança com o PMDB.

Notas do Tesouro – O presidente do Fundo de Pensão de Colombo e também presidente do PPS, Gílson Luís, diz que tem exatos R$ 22.494.550,86 depositados. Só que é em conta do Banco do Brasil e em Letras do Tesouro Nacional.

Merecida homenagem – O governador Requião assinou ontem a concessão do título de cidadão honorário para Belmiro Valverde Jobim Castor, professor, autor de livro seminal, "O Brasil não é para amadores". Belmiro foi secretário de Estado por duas vezes.

Farpa – "Estamos enfrentando verdadeira síndrome ambiental", diz o deputado Valdir Rossoni, do PSDB, que critica a falta de critério nas ações dos órgãos ambientais que inviabilizam as atividades dos madeireiros. Não ofende – As oposições terão candidato único ou o baixo clero pode tirar o cavalo da chuva?

As boas – O governo federal promete editar um decreto determinando que as empresas de telefonia móvel comprem e instalem nos presídios bloqueadores de celulares.

As más – Oito policiais militares e três presos ficaram feridos após a rebelião na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais.

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