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A pendenga no tucanato nativo ficou evidente no debate do presidente estadual Valdir Rossoni com o senador Alvaro Dias, em Brasília.

Na realidade não houve debate, mas monólogos paralelos aos quais, por desconfiança mútua e excesso de tensão, não faltaram verrinas e picuinhas.

O PSDB da província se divide, a rigor, em duas grandes facções. Uma que detesta o governador Roberto Requião. É o pessoal que vai à loucura quando sabe que tucanos camuflados dividiram a mesa e o vinho generoso da adega do Cangüiri.

Nesta corrente está o deputado federal Affonso Camargo, que prefere o lançamento de qualquer candidato próprio à convivência com o governador, o que explica seu entusiasmo bailarino por candidatos de oposição.

Ao lado de Affonso, um time graúdo de deputados federais e mais o bloco do PFL, aliado para o que der e vier contanto que não tenha de ir a reboque do PMDB.

A outra facção do tucanato nativo cultiva dissensões com o senador Alvaro Dias. Não esconde que prefere qualquer solução, menos tê-lo como candidato tucano ao governo. É longa a fila de desafetos de Alvaro Dias dentro do PSDB paranaense.

Nesta seara estão os tucanos pragmáticos, que não descartam uma aliança com Requião para garantir um palanque forte para o presidenciável Geraldo Alckmin no Paraná.

E Osmar Dias, onde entra? Osmar Dias é o tucano exilado no PDT que precisa definir se será ou não candidato ao governo do Paraná. Há dúvidas. Enormes. Dúvida agora, acrescidas da boataria de que o PDT deve fechar com o PT de Lula e dessa aliança sobraria um ministério para Osmar Dias.

Voltando à reunião de Brasília, todos percebem que o desabafo do senador Alvaro Dias sobre Valdir Rossoni não dissolveu dúvidas, não reaproximou correligionários, só realimentou mágoas e ressentimentos que dividem o partido em várias facções.

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Inconformado – O deputado Augustinho Zucchi, do PDT, está inconformado com a notícia de que Carlos Lupi, presidente nacional do partido, acertou-se com o PPS para lançar candidato à Presidência. Se isso acontecer, a candidatura de Osmar Dias ao governo do Paraná estará inviabilizada.

Na luta – O senador Osmar Dias ainda não desistiu de convencer a direção nacional do PDT de não lançar candidato à Presidência. Enfrenta a teimosia dos sucessores de Leonel Brizola, que não têm os votos nem a inteligência do velho.

A fila anda – O prefeito Beto Richa bateu o martelo na substituição de secretários. Clodualdo Pinheiro, do Ippuc, vai para a Diretoria de Novos Negócios da Urbs. Em seu lugar assume Luís Henrique Fragomeni, professor de pós-graduação em urbanismo da UFPR.

Outra queda – Outro que deixa o lugar é o secretário de Obras de Curitiba, Nelson Leal Júnior. Seu destino ainda depende de nova conversa com o prefeito Beto Richa.

Equívoco – Raul Plassman conversou com o prefeito Beto Richa, ontem à tarde, o que gerou boatos sobre a sua saída da Secretaria de Esportes. Está firme no cargo.

Maus bofes – Valdenir Soares, vereador do PL, tem surpreendido a todos na Câmara. Na semana, pediu vistas a um projeto de lei do prefeito que atende reivindicações do funcionalismo em relação às perícias médicas para doenças do trabalho. Vai atrasar em trinta dias a tramitação. Imaginem os maus bofes dos barnabés.

Magoou, doeu – A nomenclatura palaciana não gostou do périplo de Hermes da Fonseca e André Vargas pelo interior do Paraná para lançar a candidatura de Flávio Arns. Até ontem Fonseca figurava na lista de aliados de Requião. Inscrição a giz – Marqueteiro estacionado no Centro Cívico garante que nada é certo neste momento. "Tudo pode mudar, diz ele, o quadro político no Paraná não passa de uma inscrição a giz", afirma, solene e pomposo, o Conselheiro Acácio da província.

Hóspede secreto – O deputado Dobrandino Gustavo da Silva contesta um candidato a candidato a governador que anuncia uma surpresa na manga. "Na realidade ele tem é um hóspede secreto", diz, enigmaticamente, o presidente do PMDB.

Legião – A avaliação é de que a lei antinepotismo de Tadeu Veneri poderá afastar oito mil parentes. Já a de Requião pode estender a horda para 14 mil. O Movimento dos Sem Parentes agradece a abertura de vagas. O nepotismo maior está nos municípios.

Farpa – "Os dois tipos de pessoas que mais se angustiam por fatos novos são os políticos e os jornalistas; sempre querem precipitar as coisas. Esse tipo de angústia não faz parte do meu dia-a-dia", disse o prefeito Beto Richa para repórteres que insistiam em saber mudanças no secretariado municipal.

Não ofende – Quem tem muitos candidatos consegue ter um?As boas – A ALL faz campanha para evitar acidentes em cruzamentos. Distribui kits com esclarecimentos aos pedestres e motoristas nos locais de risco.

As más – A direção do único hospital público de Paissandu afastou um médico que levou seu cão para fazer um check-up nas instalações do hospital.

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