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As votações da Assembléia ficaram para a semana que vem. Algumas para maio. É o caso do projeto de salário mínimo regional de R$ 437,00.

Há divergências naturais sobre o tema. Os trabalhadores aguardam a medida com ansiedade. Já os empresários alegam que o novo salário trará desemprego, ampliará a economia informal e levará prefeituras à insolvência.

Na dúvida, empurra-se o problema com a barriga. É a velha manobra: deixa-se para lá, para ver como fica. Se for o caso, segue-se deixando para lá.

A rigor, a postergação não é um clássico exclusivamente nacional. Pelo mundo as táticas leopardescas são, porém, menos comuns do que outrora, de sorte que a política nativa às vezes espanta até mesmo os cidadãos habituados aos vícios do sistema.

Um politicólogo estrangeiro em visita a estas terras, hoje pode viver momentos mais aventurosos do que, digamos, aqueles registrados na primeira metade do século 19 pelo naturalista Saint Hilaire.

Ora, pois, um assunto que pode mexer com a vida de todos os paranaenses, fica para depois dos feriadões que, além da Páscoa, voltarão a acontecer na data de Tiradentes e no dia do Trabalho.

Há uma boa penca de políticos nativos que costumam justificar os feriados prolongados, mais ou menos como o bêbado explica o pileque.

Bebe-se na alegria e na tristeza, para esquecer as mágoas e para celebrar a felicidade. Assim também não faltam argumentos para provar a necessidade dos feriadões em quaisquer circunstâncias.

Sempre em nome das bases, quer dizer, do povo. O político amplia a folga e diz que vai ao encontro da população para ouvir queixas e registrar apoios.

O bêbado só desiste da bebida quando o pileque está consumado e os donos do poder só admitem encurtar a folga quando seus interesses estão em jogo. De resto, predomina o espírito macunaímico. Viva a laborfobia.

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Pela cartilha – O deputado Mauro Moraes, do PMDB, achou melhor rezar pela cartilha do partido. Voltou atrás e agora fala em alto e bom som que o projeto do governador Requião contra o nepotismo é "bem mais completo e abrangente do que o projeto do petista Tadeu Veneri". Prevenção – A deputada Cida Borghetti, do PP, pediu ao secretário da Saúde, Cláudio Xavier, a promoção de campanhas contínuas de controle das doenças sexualmente transmissíveis em Paranaguá. Também quer o credenciamento dos hospitais para prestar atendimento às mulheres e às crianças vítimas de violência sexual.

Em reforma – A Câmara de Curitiba vota na semana que vem a formação da Comissão Especial que vai coordenar os estudos para a mudança na Lei Orgânica da Casa. O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso, quer regras mais modernas.

No trecho – O deputado Alexandre Curi se reúne com prefeitos de Fernandes Pinheiro, Rio Azul, Mallet e General Carneiro. Amanhã segue para Alvorada do Sul, onde passa a Páscoa, desejando boas festas aos seus eleitores. Nos trilhos – A ALL já recebeu os primeiros 450 vagões do total de 1.200 que encomendou para este ano. As encomendas foram feitas pela empresa para Rondon, Maxion e Santa Fé para atender o crescimento de demanda previsto para 200

Pior das soluções – O líder do governo, Dobrandino da Silva, diz que a bancada aliada não fechou questão sobre a votação do nepotismo. "Não foi o governador que sugeriu, ele não me pediu e acho que fechar questão nesse caso é a pior das soluções".

Voto aberto – O vereador Ney Leprevost luta pela extinção do voto secreto na Câmara Municipal de Curitiba. No passado, o parlamentar apresentou projeto extinguindo o voto secreto, que foi aprovado apenas parcialmente. Paranaguá – O pré-candidato a deputado estadual, Michele Caputo, do PSDB, vai hoje a Paranaguá, onde se reúne com empresários e lideranças de saúde da região.

Crédito – Defensor do setor agropecuário, o senador Osmar Dias conseguiu aprovar seu relatório sobre a MP 277/06, que abre crédito extraordinário em favor dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e das Relações Exteriores. Serão mais R$ 74,564 milhões.

Escolhido – Caberá ao deputado Jairo Carneiro, do PFL, da Bahia, definir o destino de José Janene, do PP. O novo relator do processo de Janene também cuidou dos processos do petista João Magno e do petebista Roberto Jefferson. Nos dois casos pediu a cassação dos deputados envolvidos com o mensalão.

Farpa – Até a convenção estadual o tucano chega a concórdia? Não ofende – A pressão está mudando o voto dos deputados?

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As boas – Cerca de 635,9 milhões foi o volume de recursos tomado pelos aposentados e pensionistas do Paraná desde que os empréstimos com descontos mensais passaram a ser oferecidos pelo governo federal. As más – Há treze dias do encerramento do prazo para declaração do Imposto de Renda, 13,5 milhões ainda não entregaram o documento ao fisco. Teremos congestionamento nos últimos dias.

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