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A CPI dos Bingos põe frente a frente nesta terça-feira o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e um ex-petista: Paulo de Tarso Venceslau, que acusa Okamotto de participar de um esquema de arrecadação de caixa 2 para campanhas do partido.

Paulo Okamotto conseguiu no Supremo Tribunal Federal um hábeas-corpus preventivo. Mesmo assim, ele será muito pressionado pelos parlamentares da CPI para explicar porque costumava pagar dívidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Okamotto assumiu ter pago uma dívida de R$29.400 de Lula com o PT, mesmo sem o conhecimento do presidente. Lula diz que não reconhece a dívida, que seria na verdade despesa de campanha. A oposição suspeita que o empréstimo tenha sido pago com recursos do caixa dois do PT. Teria também pago também dívidas de uma campanha eleitoral de Lurian, filha de Lula. Já Tarso Venceslau foi expulso do partido depois que denunciou irregularidades em prefeituras do PT.

Do ex-militante do PT, Okamotto ouvirá acusações de envolvimento em arrecadação irregular de dinheiro para campanhas e ainda terá de explicar, mais uma vez, porque teria tentado escapar de uma convocação da CPI quando, na semana passada, sua secretária disse que Okamotto viajava quando, logo em seguida, foi encontrado por um policial.

Os advogados de Okamotto poderão participar da acareação junto com seu cliente. A autorização foi concedida pelo ministro Sepúlveda Pertence, do STF, que deferiu nesta segunda-feira o pedido de liminar em que os advogados de Okamotto pedem para acompanhar a acareação promovida pela CPI dos Bingos.

Na ação os advogados afirmam que no último depoimento de Okamotto foram impedidos pela comissão de fazer pronunciamentos ou intervenções. A liminar garante, portanto, aos advogados o livre ingresso na sessão da CPI; o direito de permanência ou saída da sessão independentemente de licença; o uso da palavra para replicar acusações ou esclarecer dúvidas; o direito de reclamar verbalmente qualquer descumprimento de lei e a garantia da imunidade profissional de manifestação, sem que possam ser punidos por injúria ou difamação.

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