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Promessas

As prioridades da segunda edição do PAC:

- Na tentativa de conquistar o voto feminino, a ideia é investir R$ 7,1 bilhões na construção de 6 mil creches destinadas a crianças de zero a 5 anos até 2014.

- O governo promete custear as novas matrículas em creches e pré-escolas do programa. O valor, por aluno, é de R$ 2.745 e 324 mil crianças devem ser atendidas por ano.

- Para atender os jovens, serão injetados R$ 4,1 bilhões, em quatro anos, na construção e cobertura de quadras esportivas das escolas.

- A nova temporada do programa Minha Casa, Minha Vida - que prevê agora a construção de mais 2 milhões de casas, o dobro do projeto original -, e a urbanização de bairros da periferia, além de ações de saneamento, completam o "olhar social" do PAC 2.

- Embora a segurança seja da competência dos Estados, o governo propõe ações integradas para investir em postos de polícia comunitária. A projeção de crescimento anual até 2014, é de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Produzida sob medida para impulsionar a candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência, a segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) mira o eleitor das grandes cidades. Apresenta um pacote de investimentos para saúde e educação e chega a fazer promessas de cunho "municipalista", como construir 6 mil creches e postos de polícia comunitária.

Com fatia de recursos e projetos herdados do primeiro plano, o PAC 2 será lançado amanhã, a dois dias da despedida de Dilma da Casa Civil, embalado por promessas de investimentos que somam a astronômica quantia de R$ 1 trilhão.

A cifra inclui estimativas de desembolsos do governo, das estatais e de empresas privadas para o período de 2011 a 2014, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já estiver fora do Planalto. Além das ações de infraestrutura logística abrigadas no tradicional guarda-chuva do PAC - como duplicação de estradas -, a nova etapa do programa tratará de temas que também serão adotados como bandeiras do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), futuro adversário de Dilma na disputa presidencial.

Embora 54% dos 12.163 empreendimentos previstos no primeiro PAC não tenham saído do papel desde 2007 - data de seu nascimento -, o governo quer inflar esse orçamento, de olho no eleitorado dos grandes centros urbanos. Na lista das prioridades - que também já aparecem no discurso da pré-candidata do PT - estão o aumento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para que elas possam cobrir todo o território nacional. Não é só: no diagnóstico interno, 60% das 30 mil equipes do programa Saúde da Família funcionam de forma precária.

Com a plataforma do PAC 2, o comando da campanha de Dilma já se prepara para revidar os ataques de Serra, que foi ministro do Planejamento e da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A primeira prévia do embate político entre Dilma e Serra ocorreu na quinta-feira, quando Lula e os dois pré-candidatos participaram da solenidade de entrega de 650 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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