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contas públicas

Com oito meses de atraso, TC alerta governo sobre limite prudencial

No balanço quadrimestral mais recente, gastos com pessoal estava abaixo do limite

No primeiro quadrimestre de 2013, por exemplo, esse índice chegou a 48,77% – muito próximo do limite máximo, de 49% | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
No primeiro quadrimestre de 2013, por exemplo, esse índice chegou a 48,77% – muito próximo do limite máximo, de 49% (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

O Tribunal de Contas do Estado emitiu, nesta quarta-feira (9), um alerta ao governo do estado por extrapolar o chamado limite prudencial de gastos com o funcionalismo. O alerta é referente ao exercício de 2014, no qual o governo gastou 47,06% de sua receita corrente líquida com a folha de pagamento. A medida, entretanto, chegou com alguns meses de atraso: o balanço do primeiro quadrimestre de 2015 mostra que o governo está abaixo do limite, gastando 45,97% de sua receita com salários – o limite prudencial é de 46,55%.

A dificuldade do governo de manter seu gasto com funcionalismo abaixo do limite prudencial tem sido uma das maiores dores de cabeça do governador Beto Richa (PSDB) desde o início do seu primeiro mandato. Em doze quadrimestres, o governo ficou acima do limite em cinco. No primeiro quadrimestre de 2013, por exemplo, esse índice chegou a 48,77% – muito próximo do limite máximo, de 49%.

O não cumprimento deste limite foi uma das justificativas usadas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para não autorizar empréstimos para o governo, uma queda de braço entre Paraná e União que durou quase dois anos. O período mais grave ocorreu entre os anos de 2013 e 2014, mas desde então esse índice tem tendência de queda.

Limites

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que o Poder Executivo só pode gastar até 49% de sua receita corrente líquida (RCL) com a folha de pagamentos. Antes de atingir essa marca, que impede que o governo receba transferências voluntárias da União, há dois outros limites anteriores que o governo deve observar.

O limite prudencial é de 95% do limite máximo, ou seja, 46,55% da RCL. Quando o governo ultrapassa esse patamar, ele não pode mais pagar horas extras, contratar novos servidores (salvo para reposição de aposentadorias nas áreas da saúde, educação e segurança) ou aumentar salários.

Há, ainda, o limite de alerta, de 90% – o que equivale a 44,1% da RCL. Nesse patamar, o governo não sofre qualquer sanção, mas o TC é obrigado a emitir alerta. Desde 2011, o governo nunca ficou abaixo desse limite.

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