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Um comboio formado por 20 ônibus ocupados por sacoleiros (pessoas que compram produtos para revender) foi o alvo de uma caçada das forças policiais federal e estadual e da Receita Federal, na manhã de ontem, na Região Oeste do Paraná. Até ontem à noite, nove ônibus foram apreendidos. Eles transportavam, em média, US$ 450 mil em mercadorias contrabandeadas do Paraguai. Os outros 11 ônibus conseguiram escapar da fiscalização, mas ainda estavam sendo procurados.

Os sacoleiros deixaram Foz do Iguaçu por volta das 9 horas e se concentraram em Céu Azul, distante 80 quilômetros da fronteira, onde foram descobertos pela Receita Federal. Em menos de 30 minutos, cerca de 25 homens estavam mobilizados para a perseguição. Os primeiros ônibus foram apreendidos naquele município: um na região central, outro numa estrada vicinal, e o terceiro, no posto da Polícia Rodoviária Federal.

Acuados, os sacoleiros dispersaram o comboio, dificultando a ação da polícia. Um helicóptero locado pela Receita Federal para operações de combate ao contrabando foi acionado para localizar os ônibus e repassar as informações às equipes de terra. Com isso, mais dois ônibus foram apreendidos quando seguiam para Toledo, na estrada que dá acesso à cidade de Vera Cruz do Oeste. Por fim, outros quatro veículos foram apreendidos na região de Cascavel.

"Foram aproximadamente 40 quilômetros de perseguição", informou o policial federal Arthur Almeida, que participou da caçada, repassando informações do helicóptero para as equipes de terra. A operação aérea foi interrompida, segundo ele, porque o tempo estava muito fechado nas proximidades de Santa Helena.

Apesar de a formação de comboio ser condenada porque coloca em risco a segurança dos demais veículos que trafegam pelas estradas, não se configura em crime. "Eventualmente pode ocorrer infrações de trânsito, caso os motoristas em comboio não observem as normas previstas na legislação (código de trânsito)", observou o policial rodoviário federal de Cascavel, Dalton Ludewig.

Também não houve crime federal porque nenhum dos motoristas ofereceu resistência ao bloqueio e à abordagem policial. "Apenas tentaram se esconder da fiscalização", explicou Arthur Almeida. Ninguém foi preso na operação. Os ônibus foram lacrados e encaminhados à Delegacia da Receita Federal.

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