A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado adiou na manhã desta terça-feira (8) a votação de dois requerimentos que propunham a realização de uma audiência pública com Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, e com Nelson Cerveró, ex-diretor internacional da estatal, para que eles expliquem a compra, pela empresa, da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou, a presidente Dilma Rousseff (que na ocasião presidia o Conselho de Administração da Petrobras) votou a favor da operação, mesmo tendo se embasado em um resumo falho e incompleto. À época, Gabrielli era o presidente da estatal e Cerveró, o responsável pelo resumo que embasou a decisão de Dilma.
A oposição pretendia convidá-los à comissão. Mas, em minoria, tiveram de fazer um acordo com a base aliada para que a votação dos convites ocorra apenas se a CPI da Petrobras não for aberta.
A previsão é que o plenário do Senado decida esta semana qual comissão parlamentar será criada: a proposta pela oposição, que se restringe apenas à Petrobras, ou a da base, que, além da estatal, relaciona fatos ligados aos governos do PSDB de Aécio Neves e ao PSB de Eduardo Campos, prováveis adversários de Dilma em outubro.
Pelo regimento do Senado, uma pessoa não é obrigada a comparecer a um convite feito pela Casa. Só há obrigação de presença no caso de uma convocação.
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