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Brasília (Folhapress) – Depois de três meses de funcionamento, 55 depoimentos tomados e 168 ofícios expedidos, que resultaram em 15.769 páginas de documentos, a comissão de sindicância da Câmara anunciou ontem que vai sugerir abertura de processo de cassação contra os 18 deputados apontados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão como suspeitos de envolvimento no escândalo que resultou na atual crise política.

Sem poder de convocar depoentes e quebrar sigilos, a comissão apenas reforça o que havia sido sugerido pelas CPIs. Na semana passada, o corregedor da Casa, Ciro Nogueira (PP-PI), já havia anunciado que pediria a abertura de processo contra os 18 deputados baseado no relatório parcial aprovado nas CPIs.

Mesa

A Mesa da Câmara reúne-se na terça-feira para analisar os relatórios das CPIs e da comissão de sindicância e decidir contra quais acusados serão abertos processos de cassação. Três já respondem a procedimentos para perda de mandato no Conselho de Ética – José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL- GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG).

O autor das denúncias sobre o mensalão, Roberto Jefferson (PTB-RJ), já teve o parecer pedindo a cassação de seu mandato aprovado pelo conselho. Na quarta-feira, o plenário da Câmara decide o seu destino em votação secreta. Caso haja pelo menos 257 dos 513 votos a favor do parecer, Jefferson será o primeiro deputado cassado no escândalo e ficará inelegível até 2015.

Robson Tuma deu a entender também que deverá propor o arquivamento ou punições leves a parlamentares que não entraram na lista das CPIs, mas que sofriam investigações, como são os casos dos deputados Rodrigo Maia (PFL-RJ), que teria divulgado sem prova lista de suspeitos de receber o mensalão, e Paulo Pimenta (PT-RS), acusado pelo mesmo motivo.

O relator da comissão divulga seu relatório completo na segunda-feira. A maioria dos cinco integrantes da comissão tem de aprová-lo.

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