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Brasília - O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, anunciou ontem que o órgão decidiu abrir procedimento preliminar para apurar se o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, agiu de forma irregular ao manter ligação com o chinês Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, acusado de contrabando pelo Ministério Público Federal.

"A comissão resolveu instaurar procedimento preliminar de apuração. Concedemos à autoridade [Tuma Júnior] cinco dias para prestar os esclarecimentos que entenda devidos", disse Pertence. O órgão também requisitou à Polícia Federal e à 3.ª Vara de Justiça do Estado de São Paulo informações sobre a investigação. A partir das respostas de Tuma Jr., a comissão decidirá se abrirá ou não processo disciplinar contra o secretário nacional de Justiça.

Nas gravações feitas pela PF, Tuma Jr., que também é presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, trata da compra de um celular, de videogame e até de regularização da situação de chineses que viviam clandestinamente em São Paulo. Embora tenha sido flagrado nos grampos da PF, o secretário não foi alvo do inquérito.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que considera sérias as denúncias, mas pediu direito de defesa no caso. Padilha negou que a permanência de Tuma Jr. no cargo possa gerar constrangimento ao governo. Na avaliação dele, o fato de o secretário estar sendo investigado mostra que as instituições funcionam no governo Lula.

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