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O Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil) anunciou medidas nesta segunda-feira (30) para acabar com vôos de escalas e conexões em Congonhas e restringir vôos diretos para, no máximo, 10 destinos. A expectativa do Conac é que as medidas comecem a surtir efeito em 30 dias.

São esses os destinos: Brasília, Belo Horizonte (Confins), Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Foz do Iguaçu, interior de São Paulo e Campo Grande.

Caberá ao Rio e a Belo Horizonte, por exemplo, fazer a ligação de Congonhas com o Nordeste, o Norte, a Europa e Américas do Sul e do Norte. Brasília fará a ligação com o Centro-Oeste e o Norte, e a Curitiba outras cidades do Sul, exceto Porto Alegre e Florianópolis, que continuam tendo vôos direto para Congonhas.

Para chegar a esse objetivo, o Conac decidiu por medidas que visam melhorar e aumentar o fluxo de passageiros e vôos nos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas, e acelerar a transferências de vôos não comerciais para Jundiaí.

"O aeroporto de Congonhas não será mais de escalas, conexão. Serão vôos diretos, numa faixa máxima de duas horas", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que preside o Conac. Com isso, afirmou Jobim, a expectativa é a redução de 151 vôos diários em Congonhas. De acordo com o ministro, 712 vôos operam diariamente no aeroporto.

Medidas

O Conac quer que a Infraero reestude até 20 de outubro deste ano o espaço dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos para "acomodar" os passageiros de Congonhas.

Além disso, o conselho quer a avaliação de uma eventual contratação emergencial de salas de embarque pré-fabricadas nos dois aeroportos.

Na resolução aprovada na reunião desta segunda, o Conac pede ainda que a Infraero solicite ao Poder Judiciário a liberação de espaços ocupados por "empresas falidas ou em recuperação judicial" nesses aeroportos.

O Conac determina ainda que a Infraero apresente em 30 dias um estudo de racionalização e otimização do fluxo de passageiros no terminal 1 do aeroporto de Guaraulhos.

Já sobre Jundaí, o Conac solicita que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) inicie "imediatamente" para a transferência para a cidade de vôos particulares de Congonhas. O conselho quer que essa transferência seja completa até 31 de dezembro de 2007. Segundo Jobim, a expectativa é que Jundiaí comece a receber nos próximos dias vôos particulares de Congonhas.

Jobim disse ainda que não pode afirmar que a situação estará tranquila nos aeroportos até o fim do ano. "Esperança, sim, mas como afirmação não tenho condições de fazer".

Troca de comando e terceira pista

O ministro não quis falar sobre a suposta demissão do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. "Isso não está na pauta".

Sobre uma terceira pista em Guarulhos, Jobim disse que essa hipótese ainda está sendo estudada e que há um conflito de informações sobre o impacto dessa construção. A prefeitura da cidade, segundo o ministro, diz que 5,5 mil famílias serão atingidas com essa obra, enquanto a Infraero fala em 20 mil. Jobim garante que haverá recursos para essa pista, quando for autorizada a sua construção.

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