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A SuperVia, concessionária que opera trens no Rio, decidiu demitir os dois funcionários considerados culpados pelo acidente entre dois trens, em Austin, na Baixada Fluminense, no último dia 30. Oito pessoas morreram e 101 ficaram feridas no choque. O sindicato dos ferroviários do Rio reagiu prontamente à demissão e decide na tarde desta quarta-feira (12), em assembléia, a partir de quando e por quanto tempo a categoria vai entrar em greve. A SuperVia informa que todos os ramais funcionam normalmente na manhã desta quarta-feira (12).

Após divulgar o laudo conclusivo, a empresa informou que o controlador Edson Assumpção Filho e o maquinista Norival Ribeiro Nascimento, que conduzia o trem de passageiros, serão demitidos por justa causa por terem infringido normas operacionais.

Polícia ignora laudo da SuperVia e aguarda o do ICCE

De acordo com o diretor operacional da SuperVia, João Gouveia, os funcionários cometeram uma seqüência de cinco erros e não se comunicaram corretamente no trecho entre a estação de Comendador Soares e o local do acidente. Essa é uma das conclusões da comissão interna que investigou o caso.

Na terça-feira (11), o advogado do maquinista Norival afirmou que o laudo da comissão técnica da SuperVia é "tendencioso". Segundo Leonardo Machado, o documento foi elaborado exclusivamente pela SuperVia. Sindicato anuncia paralisação contra demissão

Com a notícia da demissão de Edson e Norival, o sindicato dos ferroviários do Rio anunciou a paralisação por melhores condições de trabalho. "É uma greve sem motivos econômicos. Uma greve pela vida dos trabalhadores e dos usuários", disse o presidente do sindicato Valdir Lemos.

Segundo Lemos, uma assembléia vai ser realizada nesta quarta-feira (12), às 18h, para que a categoria decida de quanto tempo será a paralisação.

Indenizações começam a ser decididas

Ainda de acordo com a SuperVia, seis acordos de indenizações já foram concluídos. Um de uma das vítimas fatais e cinco de acidentados. O valor, no entanto, não foi divulgado. A equipe de assistência médica e social da empresa permanece acompanhando os cinco feridos que ainda estão internados em hospitais particulares.

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