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Próximos passos

Neste capítulo da denúncia, os ministros do STF vão abordar a acusação de compra de apoio político no Congresso Nacional.

Crimes julgados

Corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro.

Réus

• PT – José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, Sílvio Pereira.

• PP – Pedro Corrêa, Pedro Henry, João Cláudio Genú.

• PL (atual PR) – Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas, Antônio Lamas, Bispo Rodrigues, Anderson Adauto.

• PTB – Roberto Jefferson, Romeu Queiroz, Emerson Palmieri.

• PMDB – José Borba.

Empresários e publicitários

Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos, Geiza Dias, Enivaldo Quadrado, Breno Fischberg.

A parte mais crítica do julgamento do mensalão tem início a apenas três semanas das eleições municipais. Já sofrendo com a perda de espaço no seu principal reduto eleitoral, o Nordeste, o PT pode sofrer um novo baque caso José Dirceu seja condenado pelo STF. Para especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, o desfecho do sexto capítulo do julgamento não deve ter tanta interferência na disputa pelas prefeituras. Quem deve sofrer com o eventual desgaste da imagem do partido, porém, são os petistas candidatos a vereador.

O cientista político Bruno Wanderley Reis, da UFMG, avalia que uma condenação de Dirceu será uma arma para adversários dos petistas na disputa pelas prefeituras. Ele entende, no entanto, que o prejuízo da medida será residual, pois já se passaram quase sete anos de quando o mensalão veio a público. "O impacto deve ser bem mais doloroso para os candidatos a vereador. É prejudicial ter de atravessar uma reta final de campanha na qual centenas de adversários dirão ao eleitor que gente graúda do PT foi condenada pelo Supremo. Isso abaixa a receptividade da legenda", afirma.

Barreira

"Para o Executivo municipal, o problema deve ficar circunscrito às questões locais. Prefeitos com uma campanha inteligente, independentemente do partido, podem se sair bem", analisa o cientista político Antônio Octávio Cintra, da UnB. "Mas o mensalão cria uma barreira avassaladora na eleição proporcional. Sobretudo porque o PT perde o diferencial de um partido que pregava a moral e a ética na vida pública."

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