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Os passageiros com passagem comprada estão sofrendo com a falta de informação e amargam filas nos balcões das companhias aéreas no Aeroporto de Guarulhos. A maioria reclama que não está conseguindo informação nos serviços de call center das empresas e, mesmo indo até o aeroporto de Guarulhos, não consegue saber direito o que fazer para embarcar. Até o mesmo o atraso de vôos deixou de ser o mais importante, pois os passageiros querem embarcar mesmo que não seja na hora ou no dia marcado no bilhete. Porém, nem isso conseguem. ( leia também: Anac anuncia que venda de bilhetes para Congonhas será retomada no dia 30)

O executivo Marcelo Costa, de 35 anos, tinha passagem marcada para 17h10m desta quarta, para decolar de Congonhas para Brasília e, de lá, para Imperatriz, no Maranhão. Tentou seguir a recomendação da TAM e ligou para o call center na empresa. No entanto, reclamou, não conseguiu ser atendido porque o telefone só dava sinal de ocupado. Na tentativa de conseguir embarcar, acreditou que poderia fazê-lo de Guarulhos e atravessou a cidade para ir até lá.

Depois de 40 minutos no guichê de check-in, Costa foi mandado ao balcão da TAM, onde passou mais 20 minutos na fila. Por volta de 16h, foi informado que seu vôo estava decolando normalmente em Congonhas e que todos os passageiros já tinham, inclusive, embarcado no avião e não daria tempo de ele ir até lá.

- A TAM disse que Congonhas está funcionando normalmente, mas a gente vê que tudo lá está sendo cancelado. Estamos perdidos, totalmente sem informação - afirmou Costa.

A funcionária da TAM recomendou a ele que colocasse seu nome numa lista de espera para embarcar em Congonhas, porque lá a fila era menor. O executivo, porém, resistiu à idéia e preferiu ficar em São Paulo, colocando seu nome numa lista de espera para embarcar na próxima sexta-feira, dia 27.

O executivo Jorge Grande, 50 anos, tinha passagem marcada para o próximo domingo, dia 29, para viajar pela Gol de Porto Alegre para Curitiba, num vôo que faria escala em Congonhas. Hoje, decidiu remarcar o vôo para setembro. Apesar de seguir a recomendação da empresa de remarcar o vôo, Jorge Grande teve de pagar R$ 156 para mudar a data de embarque. Agora, vai cobrar reembolso da Gol, já que foi a própria companhia que pediu remarcação e informou que não iria cobrar tarifa.

O agrônomo Fernando Saad, de 36 anos, que mora em Palmas, no Rio Grande do Sul, está tentando voltar para casa desde segunda-feira, depois das férias em São Paulo com a mulher e a filha, de 2 anos. A primeira passagem estava marcada para segunda e o vôo foi cancelado por causa da chuva. Remarcou para esta quarta, às 6h20m, de Congonhas.

Na noite de ontem, ligou para confirmar e obteve o ok. Por volta de 5h, para garantir, ligou de novo e ficou sabendo que seu vôo sairia no horário, mas de Viracopos, em Campinas, e não daria tempo para chegar. Campinas fica a 92 km de São Paulo e o trânsito é intenso pela manhã. Além disso, a cidade estava debaixo de chuva, alagada.

- Fui para Congonhas e bati o pé. Acabei reacomodado num vôo com saída para 17h50m daqui de Guarulhos - disse Fernando, ao lado de um monte de malas.

Se tivesse ido de ônibus na segunda-feira, Fernando já teria chegado ao Rio Grande do Sul. Um piloto de avião preferiu a estrada: ele veio de ônibus de Curitiba até São Paulo para trabalhar. Não não conseguiu embarcar no aeroporto Afonso Penna.

Lúcia Rosa Rodrigues Pereira, empresária, 53 anos, tinha passagem marcada para os Estados Unidos, com saída de Guarulhos às 20h. O vôo para chegar a São Paulo era da TAM e viria de Uberlândia (MG), às 12h05m, para Congonhas. Foi cancelado. Lúcia diz que só soube do cancelamento no aeroporto e, na tentativa de não perder o vôo internacional comprou uma passagem da Ocean Air de Uberaba (MG) para Guarulhos e gastou mais R$ 129. Segundo ela, mesmo tendo cancelado o vôo, a TAM não quer reembolsar o valor do bilhete perdido.

- Eles sempre jogam a responsabilidade para frente. Solucionar, nunca solucionam. Quando a gente perde o vôo por algum motivo, tem que provar porque não conseguiu embarcar. Quando é o contrário e a culpa é da companhia, não temos direito algum - disse Lúcia, que terá de entrar em contato com a agência na qual comprou a passagem para pedir reembolso. Fará isso dos Estados Unidos

Alexandre Cruz, jornalista, 38 anos, perdeu seu vôo para Madri, que sairia de Guarulhos às 16h10m desta quarta, por causa do atraso no vôo entre Porto Alegre/Guarulhos, em São Paulo, da TAM.

A partida estava prevista para 11h05. Os passageiros foram embarcados no avião, mas ficaram parados na pista durante uma hora.

- O comandante informou que não tinha plano de vôo e avisou que o atraso para chegar a Guarulhos era decorrente do fechamento de Congonhas - contou.

Resultado: Cruz chegou às 16h no Aeroporto de Guarulhos e perdeu o embarque para Madri. Desesperado, ele reclamava no guichê da TAM e queria saber o que fazer para remarcar o vôo internacional que perdeu.

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