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O Conselho de Ética do Senado se reúne na manhã desta terça-feira (2) para analisar o parecer da segunda representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

No processo, Renan é acusado de tráfico de influência para que a cervejaria Schincariol tivesse o "perdão" de uma dívida de R$ 100 milhões com o INSS. O objetivo seria facilitar a aquisição pela cervejaria de uma fábrica em Alagoas, de propriedade do deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). Olavo é irmão do presidente do Senado.

O relator do processo, senador João Pedro (PT-AM), já adiantou que pedirá a paralisação do processo. João Pedro argumenta que se deve aguardar as investigações da Câmara sobre o suposto envolvimento de Olavo no episódio. O petista disse anteriormente também que existem "poucos elementos" para pedir a cassação de Renan.

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado de Renan, disse que vai apresentar um voto em separado caso o relatório não peça o arquivamento da representação.

Renan Calheiros foi absolvido no dia 12 de setembro no promeiro processo a que respondia. Ele recebeu votos favoráveis de 40 senadores. Renan era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior. No caso, o Conselho de Ética recomendou a perda de mandato.

Últimos dois processos

O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), anunciou na segunda-feira (1º) que o senador Almeida Lima (PMDB-SE) será o relator das duas últimas representações contra o presidente da Casa que ainda aguardam investigação no órgão disciplinar.

Almeida Lima é braço direito de Renan Calheiros. Por meio da ação de Renan, Lima garantiu a presidência do Diretório do PMDB em Aracaju (SE), em uma articulação feita na quarta-feira da semana passada (26).

No primeiro processo, quando Renan foi absolvido no plenário, Almeida Lima foi um dos três relatores do caso. Apesar do parecer favorável à cassação, Lima apresentou voto em separado, pedindo a absolvição do presidente da Casa.

A decisão de unificar foi tomada após consulta aos assessores jurídicos da Casa. A unificação dos processos, conforme determinou o presidente do Conselho, não é uma certeza. A oposição deverá apresentar recurso na própria reunião do órgão disciplinar nesta terça (2). Com a rejeição da idéia, a matéria vai à votação no plenário do Conselho.

A tendência é de que, com votação aberta para decidir sobre o procedimento, os processos sejam separados mais uma vez. Neste caso, Leomar Quintanilha deverá indicar outro relator para uma das duas representações.

No terceiro processo, Renan é acusado de ter utilizado laranjas para adquirir veículos de comunicação. No quarto, o presidente do Senado é suspeito de ter participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios liderados por seu partido, o PMDB.

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